O título da Libertadores sobre o Flamengo, em Montevidéu, no Uruguai, deu ao Palmeiras mais do que o tricampeonato continental e a hegemonia de troféus do torneio no país ao lado de Grêmio, São Paulo e Santos. Concedeu ao clube alviverde uma nova chance de sonhar com o topo do mundo. Pelo segundo ano consecutivo, o time paulista será o representante brasileiro no Mundial de Clubes da Fifa. Hoje, às 13h30 (horário de Brasília), contra o Al Ahly, do Egito, a equipe do Palestra Itália busca um lugar na final da competição e, também, apagar a má impressão deixada na participação no último ano, quando decepcionou perdeu até mesmo o terceiro lugar para o mesmo rival.
Com menos tempo de preparação em 2021, quando viajou logo em seguida à conquista da América do Sul contra o Santos, o Palmeiras não entrou no clima do torneio e ficou fora da decisão ao perder para o Tigres, do México. Na disputa de terceiro lugar, caiu nos pênaltis para o Ah Ahly. Em 2022, o processo foi diferente para também mudar as linhas da história. No novo encontro com os egípcios, desta vez pelo sonho da final, o alviverde teve uma pré-temporada completa. No dia anterior ao confronto de estreia na segunda temporada seguida no Mundial, Abel Ferreira falou em propósito. Um discurso parecido ao adotado nas vésperas da final da Libertadores.
"Vamos usar a nossa parte tática e, sobretudo, competir. Nós controlamos o que temos que fazer. Eles vão estar calmos e tranquilos. Vamos impor nosso jogo e aproveitar os momentos com a intenção clara de ganhar. Nosso propósito está bem definido. Viemos para ganhar. Os jogadores estão preparados", discursou o português. "O que sei é que os atletas têm certeza do que fazer. Estamos juntos há um ano e alguns meses. Já estivemos em várias decisões. Ganhamos, perdemos, mas o certo é que essa equipe está mais habituada em disputar finais", completou.
O desempenho de 2021 foi negativo no âmbito de que nunca um brasileiro havia ido tão mal em um Mundial organizado pela Fifa. Os maiores tropeços haviam sido os terceiros lugares de Internacional e Atlético-MG. Na nova chance, porém, o Palmeiras visa quebrar um outro tabu. Desde 2012, quando o Corinthians venceu o Chelsea, o país não conquista o título mais desejado dos torcedores e clubes nacionais. Os ingleses, inclusive, podem cruzar o caminho alviverde na decisão, desde que eliminem o Al-Hilal, amanhã. "O futebol é mágico por não ser uma ciência exata. Não ganha quem investe mais, o futebol tem muito a ver com vontade, com organização", destacou Abel.
Para não depender da magia, o Palmeiras chega ao Mundial com um time mais maduro e um repertório maior de opções táticas. Nas últimas partidas da última temporada e nas primeiras do novo ano, o alviverde apresentou formas diferentes de se portar em campo. No mundo ideal de Abel Ferreira, tudo isso deve ser colocado em prática contra os egípcios. "Sabemos que não há um sistema perfeito. Estamos preparados para todos os sistemas", assegura o português.
A principal ausência alviverde é justamente alguém que não chegou. Sem a contratação do camisa nove de ofício, Abel deve usar uma formação mais dinâmica em campo. Uma das armas é o atacante Dudu, que jogou o Mundial do ano passado, mas com a camisa do Al Duhail, do Catar. "A gente sabe da importância dessa semifinal. Precisamos estar bastante focados no primeiro jogo. No ano passado, o clube estava em um desgaste muito grande, de muitos jogos. Não que a gente vá ganhar a competição por causa disso, mas a preparação é melhor", disse.
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