MUNDIAL DE CLUBES

Chelsea e Palmeiras: O preço de torcer em Abu Dhabi

Do Uruguai aos Emirados: a saga do candango que viu o bi da Libertadores e espera pela glória no Golfo

Victor Parrini*
postado em 11/02/2022 23:53 / atualizado em 12/02/2022 14:24
 (crédito: Arquivo pessoal)
(crédito: Arquivo pessoal)

Não existem fronteiras para o amor. É o que mostra o palmeirense Caio Bartolo. O morador de Águas Claras resolveu encarar os quase 12.000km de distância entre a capital do país e os Emirados Árabes Unidos para acompanhar de perto a final do Mundial de Clubes da Fifa, neste sábado (12/2), às 13h30, entre Chelsea e Palmeiras. Ele e um grupo de amigos são apenas alguns dos milhares alviverdes que cruzaram o oceano na tentativa de ganhar o mundo com o elenco palestrino.

Apaixonado pelo Verdão, o bancário de 45 anos é, também, o cônsul do Palmeiras em Brasília e diretor da torcida uniformizada Mancha Alviverde na cidade. Bartolo não esconde a ansiedade para ver o atual bicampeão da América em campo na decisão. “Desde a final da Libertadores, são dois meses sem dormir. E esse fuso horário de sete horas deixa tudo ainda mais confuso e intenso. Nem sabemos mais se temos cabeça ou coração. É corpo, alma e paixão”, compartilhou.

O torcedor do Palmeiras conta que o planejamento para o Mundial de Clubes começou ainda no caminho para a final da Libertadores contra o Flamengo, em 27 de novembro, em Montevidéu no Uruguai. O gol de Deyverson, na prorrogação, foi o catalisador para que a viagem saísse do papel. Ele lembra que uma amiga presente no estádio comprou passagens para os Emirados Árabes Unidos logo após o lance histórico do centroavante alviverdes.

O ano virou e fevereiro logo chegou. Caio deixou o Aeroporto JK, em Brasília, numa sexta-feira, e desembarcou no país do Golfo Pérsico no domingo. Foram mais de 48 horas de uma jornada que passou pelo Rio de Janeiro, Londres, Dubai e terminou em Abu Dhabi. Ainda não habituado ao fuso horário de sete horas entre o país natal e o palco da decisão do Mundial, o jeito é curtir o momento com outros alviverde.

“Só tem palmeirense em Dubai e Abu Dhabi. Não há ninguém com camisa de outros times por aqui. No dia da partida do Chelsea contra o Al-Hilal, lotamos os pontos e fizemos muita festa. Estamos dominando”, orgulha-se.

Como tudo na vida, a emoção e adrenalina em testemunhar mais uma possível glória tem seus preços. “Somente em passagem e hospedagem, gastei R$ 10 mil. Viajar para lugares como estes nunca são tranquilos. Dubai e Abu Dhabi são cidades muito caras. Poucos pontos vendem cerveja e onde encontramos, os copos custam R$ 70 ou R$ 80 em média”, reporta o cônsul palmeirense em Brasília.
Caio e sua turma não desanimam. “A emoção de estar em Abu Dhabi é demais. Não pelo título, mas pelo Palmeiras. Aonde o Palmeiras vai, nós vamos atrás, avisa o “emir” brasiliense no Golfo.

*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima

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