Decisão no radar

De olho na primeira final da temporada, Atlético-MG e Flamengo colhem bons resultados nos Estaduais e chegam ao clássico com processos distintos de preparação. Veja a caminhada dos dois rivais rumo ao jogão de domingo

Danilo Queiroz

postado em 17/02/2022 00:01

(crédito: Pedro Souza/Atlético)

As chaves de Atlético-MG e Flamengo, agora, estão totalmente viradas para a final da Supercopa. Marcada para domingo, na Arena Pantanal, em Cuiabá, a decisão do título de abertura da temporada começou antes mesmo de a bola rolar com guerras nos bastidores envolvendo, inclusive, troca de farpas entre os times. Com a proximidade da partida, os rivais voltam as atenções para o campo. Ambos chegam com mudanças importantes e em processos distintos de largada na temporada 2022.

As saídas de Cuca e Renato Gaúcho trouxeram lideranças gringas aos finalistas. O Galo agora está sob a batuta do argentino Antonio Turco Mohamed. O rubro-negro tem o mister Paulo Sousa à frente. Nos Estaduais, os times chegam com campanha idêntica. Em sete jogos, ambos ganharam cinco, empataram um e perderam outro. No último ensaio para a Supercopa, os rivais ganharam de forma apertada. Na terça-feira, os mineiros venceram o Athletic, por 1 x 0, com pênalti polêmico no final. Com time alternativo, os cariocas sofreram, ontem, para vencer o Madureira, de virada, por 2 x 1.

O uso dos recursos dos elencos milionários é uma das principais distinções da preparação de Atlético-MG e Flamengo para o jogo em Cuiabá. Enquanto Turco Mohamed manteve praticamente a mesma base campeã da Série A do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil com Cuca, Paulo Sousa iniciou a trajetória no rubro-negro dando rodagem ao grupo. O time carioca é quem mais utilizou jogadores entre os 20 times da elite na largada de 2022. Com isso, chega a ser imprevisível projetar os 11 titulares no primeiro teste de fogo do ano.

As dúvidas vão desde a briga de Hugo Souza e Diego Alves pela titularidade, passando pela formação da zaga com possíveis três defensores até o uso de Everton Ribeiro caindo pela ponta esquerda, em vez de explorar o tradicional lado direito de campo. No Galo, o torcedor sabe de cor o possível time da final da Supercopa. As mudanças são o uso de Diego Godín, no lugar do negociado Junior Alonso, e o volante Otávio, que ganhou espaço mesmo chegando neste ano.

Passado o período de preparação, a Supercopa entrou de vez no radar de Galo e Fla. "Já temos a equipe, não temos dúvidas. Temos que jogar com nossas melhores armas. Sinto que vai ser uma final que vai se definir em detalhes", prospectou Mohamed. "Nós iniciamos um processo completamente novo, onde estamos crescendo bastante. Será um jogo digno de final. Nossa grande vantagem é a nossa nação, que vai estar conosco e nos vai ajudar", avaliou Paulo.