CARIOCÃO

Como o Botafogo fortalece sua gestão tirando profissionais do Flamengo

Clássico desta quarta-feira (23/2), pela Taça Guanabara, coloca alvinegros e rubro-negros frente a frente na briga pela vice-liderança do estadual

Victor Parrini*
postado em 23/02/2022 07:00
 (crédito: Vitor Silva/Botafogo)
(crédito: Vitor Silva/Botafogo)

O clássico de quase 110 anos de história, entre Botafogo e Flamengo, ganhará mais um capítulo, nesta quarta-feira (22/2), às 20h, no Estádio Nilton Santos, no Rio. Os dois times chegam à oitava rodada do Campeonato Carioca com campanhas idênticas, ocupando a terceira e quarta colocações. Fora das quatro linhas, o clube alvinegro tenta reduzir o contraste administrativo em relação ao rubro-negro. De 2021 para cá, o Glorioso buscou quatro profissionais no Ninho do Urubu para reforçar a equipe corporativa e aguarda pelo quinto reforço.

A temporada de retorno do Botafogo à Série A do Brasileiro, que terminou, inclusive, com o título da segunda divisão, foi articulada por um personagem que veio justamente do Flamengo: Eduardo Freeland. Ele deixou cargo de gerência na Gávea para assumir a cadeira de diretor de futebol, em General Severiano. Foi um retorno à antiga casa. O executivo esteve no clube em 2016. Naquela época, tocava as divisões de base. O Botafogo, inclusive, conquistou o Brasileirão Sub-20 contra o Corinthians.

O trabalho em 2021 foi aprovado, porém o Botafogo passa por uma metamorfose. A maior delas, a venda de 90% das ações da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) com o empresário norte-americano John Textor. O magnata desembolsou R$ 400 milhões para adquirir o Glorioso. Freeland se tornou braço direito do poderoso chefão. Principal acionista do clube, Textor resolveu arrumar a casa.

Primeiro, moveu Eduardo Freeland da direção de futebol para o desenvolvimento das divisões de base. E, logo na sequência, demitiu o técnico campeão da Série B, Enderson Moreira. Desde então, o Botafogo segue sem treinador, mas tem acerto com Luís Castro. O português deverá ter a multa rescisória de quase R$ 7 milhões com o AlDuhail, do Catar, quitada nos próximos dias.

Enquanto Luís Castro não vem, o alvinegro trabalha com peças nos bastidores que conhecem bem o Flamengo. Com passagem pelas categorias de base do arquirrival, Bruno Coev uniu-se a Freeland na empreitada alvinegra. Agora, ele atua como supervisor técnico do clube.

Assim como os outros setores, o departamento médico botafoguense também foi reforçado por ex-flamenguistas. Com o intermédio de Freeland, Gustavo Dutra e João Marcelo Amorim foram contratados para o Núcleo de Saúde e Performance.

Além deles, o preparador físico Roberto Oliveira pediu demissão do Flamengo na última segunda-feira para trabalhar na comissão que vem sendo montada para Luís Castro. No Ninho do Urubu, o profissional havia sido deslocado do profissional para as categorias de base.

Com 16 pontos cada, Botafogo e Flamengo fazem confronto direto pela vice-liderança da Taça Guanabara. Os alvinegros acumulam duas vitórias consecutivas, enquanto os rubro-negros somam três triunfos seguidos no Carioca, mas ainda amargam o vice da Supercopa para o Atlético-MG. No recorte dos clássicos até o momento, o Glorioso soma uma derrota para o Fluminense e um triunfo sobre o Vasco, enquanto o Flamengo tropeçou no único confronto de alto calibre na temporada. Portanto, hoje será o tira-teima para Paulo Sousa e seus comandados.

*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação