Romênia e Hungria viram rotas de escape

Correio Braziliense
postado em 02/03/2022 00:01

O Brasil continua fazendo check-out dos jogadores em atividade na Ucrânia que desembarcaram no Brasil. Os principais desembarques de ontem aconteceram em São Paulo e no Rio. Fernando, Pedrinho, Maycon e Dodô, todos do Shakhtar Donetsk, e Luciano Rosa, preparador físico do clube, chegaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Marlon Santos, também do time de Donetsk, e Bruno Ernandes, do Hirnyk-Sport, aterrissaram no Aeroporto Internacional Tom Jobim. Naturalizado ucraniano, o atacante Junior Moraes ficou em Paris.

Houve chegadas em outras cidades do país. Vinculado ao Dínamo de Kiev, Vitinho, ex-Athletico-PR, voltou ao país via Curitiba. O lateral Busanello e os atacantes Felipe Pires e Bill, todos jogadores do Dnipro, chegaram no domingo. Os três saíram de Dnipro, cidade localizada a 446km de Kiev, e iniciaram a viagem de volta após cruzar a fronteira com a Romênia, no último sábado.

Outros jogadores continuam enfrentando perrengues para deixar a Ucrânia. Guilherme Smith, Juninho e Cristian Fagundes, todos do Zorya, de Lugansk, deixaram Lviv de carro e chegaram à Polônia, de onde embarcariam rumo ao Brasil.

Juninho era o mais aflito. Ele estava na Ucrânia com a companheira e a filha de três anos. "Graças a Deus está dando tudo certo agora. Não temos como agradecer a todos que ajudaram e rezaram por nós", declarou nas redes sociais ao mostrar a família reunida em uma van.

A Hungria foi a rota de fuga do volante Edson. O jogador do Rukh Lviv tem passagem pelo Bahia. Até ontem, ele estava hospedado em segurança com a família em Budapeste, Hungria.

Com quase uma semana de guerra, a situação dos jogadores vinculados a clubes ucranianos é embaraçosa. O campeonato local seria retomado no fim de semana em que a Rússia iniciou a invasão do pais. Os times estavam em recesso devido ao inverno rigoroso no país.

Sem pistas sobre o futuro, as atenções dos jogadores que desembarcaram no Brasil voltam-se para os colegas que seguem tentando deixar o Leste Europeu. "A Ucrânia está sofrendo muito e fico realmente muito triste por isso", comentou o volante Maycon, ex-Corinthians. "Temos grandes amigos por lá, sentimos muito por eles e torço para que tudo se resolva", completou o ex-jogador do Corinthians. No auge do drama, o jogador chegou a dizer ao Correio que não sabia até quando teriam alimento e internet.

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