CANDANGÃO

Todos contra o Gama: técnicos rivais no quadrangular comandaram o alviverde

Em entrevista ao Correio, os treinadores do Brasiliense (Celso Teixeira), Capital (Edson Porto) e Ceilândia (Adelson de Almeida) falam de suas passagens pelo recordista de títulos do Distrito Federal. Segunda fase começa neste sábado com Gama x Capital e Ceilândia x Brasiliense

Marcos Paulo Lima
postado em 04/03/2022 22:31
 (crédito: Gustavo Moreno, Breno Fortes e Carlos Moura/CB/D.A Press)
(crédito: Gustavo Moreno, Breno Fortes e Carlos Moura/CB/D.A Press)

O quadrangular semifinal do Campeonato do Distrito Federal começa neste sábado com um link entre os três concorrentes do Gama na caça ao título. Curiosamente, os técnicos do Brasiliense, Capital e Ceilândia comandaram o time alviverde em outros carnavais. Agora, Celso Teixeira, Edson Porto e Adelson de Almeida, cada um com estilo próprio, são inimigos íntimos do clube recordista de títulos do Candangão — 13 troféus.

Protagonista da melhor campanha da primeira fase e da classificação para a segunda fase da Copa do Brasil ao superar o Londrina-PR, time da segunda divisão do Brasileirão, na última quarta-feira, Adelson de Almeida usa a experiência acumulada na rápida passagem pelo Gama como trunfo para levar o Ceilândia ao tricampeonato doméstico.

“A minha passagem foi rápida. Na realidade, à época, eu fui lá só para ajudar o Vilson de Sá, o (Carlos) Macedo, que era o presidente, e o seu Wagner Marques, que, na época, era só um colaborador”, lembra Adelson de Almeida.

Ele comandou o Gama na Série D do Campeonato Brasileiro de 2011. O time terminou em quarto lugar no Grupo 4 contra Tupi-MG, Anapolina-GO, Itumbiara-GO e Anapolina-GO. Em oito jogos, o alviverde acumulou duas vitórias, três empates e três derrotas. “Mais foi uma participação bacana, montamos um time de última hora só para o Gama não ficar de fora. Para mim, foi muito gratificante”, recorda o comandante do Gato.

Adelson de Almeida foi o responsável pelos dois títulos do Ceilândia no Distrito Federal. Tem na bagagem dois vices e orgulha-se de ser o representante candango no quadrangular final. “Sou eu, de Brasília, contra os outros três de fora”, desafia o paraibano radicado no quadradinho desde os três anos. “Tenho hábitos e costumes daqui”, orgulha-se.

Técnico do Brasiliense, o paulista de Campinas, Celso Teixeira, não tem boas recordações da passagem pelo Gama na Série C do Brasileirão de 2004. O trabalho durou 20 dias em um ano — para variar — tumultuado no Ninho do Periquito. O treinador desembarcou para assumir a prancheta deixada por Roberto Cavalo no Candangão. Depois de ver o Brasiliense impedir o hexacampeonato alviverde, largou mal na Série C. A equipe somava apenas dois pontos em três jogos e o contrato foi encerrado. “Não lembro de quase nada. Passagem muito rápida”, limitou-se a dizer o senhor de 60 anos.

Curiosamente, Reinaldo Gueldini, hoje auxiliar de Teixeira, herdou aquele Gama de 2004 e levou o time ao vice-campeonato na Série C. O suficiente para devolver o time à Série B. “Quando cheguei, havia muita cobrança sobre os jogadores. Os problemas vinham de fora para dentro’’, contou Gueldini ao Correio Braziliense em matéria publicada, em 2004, na semana do acesso. ‘‘Conversei com os atletas, procurei ser amigo e viver as dificuldades deles. Hoje, eles dão o máximo em campo porque sabem que fora dele há alguém que precisa muito do resultado. O trabalho, agora, é feito com alegria”, explicou.

Dono da batuta do Capital, o catarinense de Urubici, Edson Porto, trabalhou no Gama pela primeira vez em 2003. Deu início à campanha do pentacampeonato candango no ano seguinte ao rebaixamento do clube para a Série B do Brasileiro. Assumiu para colocar a casa em ordem, mas deixou o cargo para aceitar uma oferta tentadora do Nihon Bunri, do Japão. “Nós tínhamos um time forte. Ficou no meu lugar o Cristiano Baggio que era o meu auxiliar. E o time foi campeão (goleou o Brasiliense por 4 x 1 na final). Nós tínhamos bons jogadores. Emerson, Abimael, Romualdo, Victor Santana, Leonardo Manzi, Lindomar, Rodriguinho, Déda, Nem, Rochinha”, lista o treinador de 64 anos, o mais experiente entre os quatro candidatos ao caneco.

Edson Porto passou três anos na terra do sol nascente e retornou ao Gama, em 2006, para ajudar o time a permanecer na segunda divisão. Decadente, o alviverde não era mais o mesmo dos quatro anos na elite do futebol brasileiro no período de 1999 a 2002. Porto pediu demissão depois de uma derrota por 2 x 1 para o Ceará, em Fortaleza, pela oitava rodada. Deixou o Gama na 12ª posição. O time resistiu e terminou em 11º lugar.

“O time estava na Série B e fizemos bons jogos. Não me lembro bem porque eu saí, mas também era um time forte Lembro do Alencar (goleiro), Rodrigo Ninja, Bruno Lourenço, Bruno Carvalho, André Lima, Vanderlei, Castor… Acho que o time ficou no meio da tabela (11º). Foi nesse ano que o Atlético MG também estava na série B e foi o campeão”, conta.

Programe-se
Quadrangular semifinal

Hoje (5/3)
16h - Ceilândia x Brasiliense
Estádio: Abadião, em Ceilândia
Ingresso: portões fechados
Onde assistir: TV Distrital, Eleven Sports e Rádio e TV Brasiliense

15h30 - Gama x Capital
Estádio: Serra do Lago, em Luziânia
Ingresso: R$ 20
Onde assistir: Eleven Sports

O quadrangular semifinal do Campeonato do Distrito Federal começa neste sábado com um link entre os três concorrentes do Gama na caça ao título. Curiosamente, os técnicos do Brasiliense, Capital e Ceilândia comandaram o time alviverde em outros carnavais. Agora, Celso Teixeira, Edson Porto e Adelson de Almeida, cada um com estilo próprio, são inimigos íntimos do clube recordista de títulos do Candangão — 13 troféus.


Protagonista da melhor campanha da primeira fase e da classificação para a segunda fase da Copa do Brasil ao superar o Londrina-PR, time da segunda divisão do Brasileirão, na última quarta-feira, Adelson de Almeida usa a experiência acumulada na rápida passagem pelo Gama como trunfo para levar o Ceilândia ao tricampeonato doméstico. 


“A minha passagem foi rápida. Na realidade, à época, eu fui lá só para ajudar o Vilson de Sá, o (Carlos) Macedo, que era o presidente, e o seu Wagner Marques, que, na época, era só um colaborador”, lembra Adelson de Almeida. 


Ele comandou o Gama na Série D do Campeonato Brasileiro de 2011. O time terminou em quarto lugar no Grupo 4 contra Tupi-MG, Anapolina-GO, Itumbiara-GO e Anapolina-GO. Em oito jogos, o alviverde acumulou duas vitórias, três empates e três derrotas. “Mais foi uma participação bacana, montamos um time de última hora só para o Gama não ficar de fora. Para mim, foi muito gratificante”, recorda o comandante do Gato. 


Adelson de Almeida foi o responsável pelos dois títulos do Ceilândia no Distrito Federal. Tem na bagagem dois vices e orgulha-se de ser o representante candango no quadrangular final. “Sou eu, de Brasília, contra os outros três de fora”, desafia o paraibano radicado no quadradinho desde os três anos. “Tenho hábitos e costumes daqui”, orgulha-se. 


Técnico do Brasiliense, o paulista de Campinas, Celso Teixeira, não tem boas recordações da passagem pelo Gama na Série C do Brasileirão de 2004. O trabalho durou 20 dias em um ano — para variar — tumultuado no Ninho do Periquito. O treinador desembarcou para assumir a prancheta deixada por Roberto Cavalo no Candangão. Depois de ver o Brasiliense impedir o hexacampeonato alviverde, largou mal na Série C. A equipe somava apenas dois pontos em três jogos e o contrato foi encerrado.  “Não lembro de quase nada. Passagem muito rápida”, limitou-se a dizer o senhor de 60 anos. 


Curiosamente, Reinaldo Gueldini, hoje auxiliar de Teixeira, herdou aquele Gama de 2004 e levou o time ao vice-campeonato na Série C. O suficiente para devolver o time à Série B. “Quando cheguei, havia muita cobrança sobre os jogadores. Os problemas vinham de fora para dentro’’, contou Gueldini ao Correio Braziliense em matéria publicada, em 2004, na semana do acesso. ‘‘Conversei com os atletas, procurei ser amigo e viver as dificuldades deles. Hoje, eles dão o máximo dentro de campo porque sabem que fora dele há alguém que precisa muito do resultado. O trabalho, agora, é feito com alegria”, explicou. 


Dono da batuta do Capital, o catarinense de Urubici, Edson Porto, trabalhou no Gama pela primeira vez em 2003. Deu início à campanha do pentacampeonato candango no ano seguinte ao rebaixamento do clube para a Série B do Brasileiro. Assumiu para colocar a casa em ordem, mas deixou o cargo para aceitar uma oferta tentadora do Nihon Bunri, do Japão. “Nós tínhamos um time forte. Ficou no meu lugar o Cristiano Baggio que era o meu auxiliar. E o time foi campeão (goleou o Brasiliense por 4 x 1 na final). Nós tínhamos bons jogadores. Emerson , Abimael ,Romualdo, Victor Santana ,Leonardo Manzi, Lindomar, Rodriguinho, Déda, Nem, Rochinha”, lista o treinador de 64 anos, o mais experiente entre os quatro candidatos ao caneco. 


Edson Porto passou três anos na terra do sol nascente e retornou ao Gama, em 2006, para ajudar o time a permanecer na segunda divisão. Decadente, o alviverde não era mais o mesmo dos quatro anos na elite do futebol brasileiro no período de 1999 a 2002. Porto pediu demissão depois de uma derrota por 2 x 1 para o Ceará, em Fortaleza, pela oitava rodada. Deixou o Gama na 12ª posição. O time resistiu e terminou em 11º lugar. 


“O time estava na Série B e fizemos bons jogos. Não me lembro bem porque eu saí, mas também era um time forte Lembro do Alencar (goleiro), Rodrigo Ninja, Bruno Lourenço ,Bruno Carvalho, André Lima, Vanderlei, Castor… Acho que o time ficou no meio da tabela (11º). Foi nesse ano que o Atlético MG também estava na série B e foi o campeão”, conta. 


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Quadrangular semifinal


Hoje (5/3)

16h - Ceilândia x Brasiliense

Estádio: Abadião, em Ceilândia

Ingresso: portões fechados

Onde assistir: TV Distrital, Eleven Sports e Rádio e TV Brasiliense


15h30 - Gama x Capital

Estádio: Serra do Lago, em Luziânia

Ingresso: R$ 20

Onde assistir: Eleven Sports


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