Sob o placar de 89 a 91, o Corinthians triunfou sobre o Brasília Basquete e voltou à zona de classificação aos playoffs do Novo Basquete Brasil (NBB). Em partida válida pela 18ª rodada do torneio, as equipes se enfrentaram na noite desta terça-feira (9/3), na Arena BRB Nilson Nelson. O time candango chegou à marca de três derrotas consecutivas pela quarta vez na temporada, e é a única equipe do NBB que ainda não foi capaz de chegar a cinco vitórias nesta edição da competição. Com a vitória, o Corinthians sobe uma posição na tabela, para a 12ª, e se garante nos playoffs por enquanto.
Com a Arena BRB Nilson Nelson contando apenas com funcionários, imprensa e convidados dos jogadores nas arquibancadas, as equipes entraram em quadra sob pressão por uma vitória. O Brasília Basquete amargava a lanterna do campeonato pela segunda temporada seguida. A vitória poderia ter sido o incentivo necessário para embalar uma sequência de vitórias nessa reta final de temporada, a fim de escapar da última colocação. Já para o Corinthians, a pressão se dava por não poder ficar para trás na disputa pelas vagas classificatórias aos playoffs. Além disso, as duas equipes tem um histórico equilibrado em suas disputas ao longo dos anos. Porém, a hegemonia corintiana tem se concretizado nas últimas partidas entre as equipes, com a última vitória do Brasília no longínquo 2019.
Por parte do Brasília, o ala Zach Graham anotou 18 pontos na partida, enquanto mais quatro jogadores da equipe candanga marcaram dez ou mais pontos. Do lado vencedor, o Corinthians foi liderado pelo ala americano Malcolm Miller e o armador argentino Figueredo, que tiveram 22 pontos e seis rebotes, e 21 pontos e quatro assistências, respectivamente.
Brasília larga melhor
Brasília iniciou a partida com o quinteto formado pelo armador veterano Ricardo Fischer, o ala Zach Graham, os ala-pivôs Erik Thomas e Gemerson e o pivô João Pedro. Pivô titular e cria da capital, Ronald Rudson, ficou de fora da partida devido a uma lesão no calcanhar. O Corinthians entrou em quadra com o armador Diego Figueredo, os alas Pedro Nunes e Malcolm Miller e os pivôs Renato Carbonari e Lucas Siewert.
O primeiro quarto foi marcado pela agressividade de ambos os lados nos ataques de garrafão. Os pivôs se destacaram e ajudaram a preencher o placar através de jogadas pick n’ roll e movimentação constante de seus companheiros de equipe para abrir espaços no garrafão. O pivô João Pedro liderou a equipe brasiliense no quarto, anotando sete pontos. Para o Corinthians, os pivôs Carbonari e Siewert somaram 13 pontos entre si, seis e sete para cada, respectivamente. O primeiro quarto terminou empatado pelo placar de 23 a 23.
De forma inusitada, o ala Malcolm Miller foi o único pontuador do Corinthians durante os sete minutos iniciais do segundo quarto, anotando 11 pontos com um aproveitamento de 100% de quadra. A atuação de gala do americano foi o que impediu que o Timão ficasse muito atrás do placar, que aumentava a cada ataque do Brasília. Nos três minutos finais do quarto, o ala foi descansar no banco e os visitantes perderam sua referência de ataque.
A equipe paulista teve dificuldade de encaixar o ataque após isso, especialmente devido à forte defesa criada pelo técnico Régis Marrelli para os anfitriões. O ala Gustavo Basilio liderou o Brasília neste quesito. Sempre em movimentação e com boas coberturas defensivas, o veterano se mostrou um empecilho para o ataque do Timão. O time candango aproveitou para traduzir o bom momento defensivo em ataques de transição, resultando em três jogadores da equipe marcando cinco ou mais pontos no quarto, que terminou em 24 a 17. Brasília liderava por sete pontos no placar geral.
Corinthians toma o domínio
Na volta do intervalo, a liderança construída pelo Brasília rapidamente se dissolveu. O armador argentino Figueredo, até então zerado na partida, marcou sete pontos em três minutos e iniciou a retomada do placar por parte dos visitantes. A vantagem foi revertida ainda nos primeiros cinco minutos do quarto. O Brasília se manteve focado no jogo coletivo e rotação rápida da bola, com sete jogadores da equipe anotando entre um e quatro pontos no quarto, mas nenhum se destacando além disso. Do outro lado, o Corinthians escolheu seguir a rota oposta, focando nos jogadores em bom momento. O pivô Carbonari anotou 11 pontos em seus oito minutos de quadra pelo Timão.
Com a virada do Corinthians, a partida ficou mais aguerrida. Os bate-bocas e xingamentos se destacavam em meio ao silêncio do Nilson Nelson vazio. O técnico do Brasília não se mostrou contente com a arbitragem da partida, reclamando diversas vezes. Ao final do quarto, Régis recebeu três faltas técnicas em um espaço de trinta segundos devido a reclamação excessiva, assim causando sua ejeção da partida. O terceiro quarto encerrou com o placar de 19 a 26 para o Corinthians, empatando o placar geral em 66 a 66.
O último quarto foi novamente marcado por um início fulminante por parte do Figueredo, anotando seis pontos nos dois minutos iniciais. Equilibrando a partida do outro lado, o ala-pivô Gemerson anotou cinco, além de pegar três rebotes. Com o placar flutuando entre um e dois pontos de vantagem para o Corinthians até os quinze segundos finais do quarto, tudo apontava para um possível game winner na última posse do Brasília ou para prorrogação.
Com os candangos dois pontos atrás, o ala-armador Zach Graham, do Brasília, sofreu uma falta na tentativa de arremesso do garrafão e converteu os dois pontos, empatando por 89. Com sete segundos restantes, o técnico Leonardo Alves pediu um tempo para organizar seu time. Voltando à quadra, quem recebeu a bola foi Figueredo, já com 11 pontos no quarto. O armador argentino conduziu ao centro e disparou para a esquerda, cortando para o garrafão logo em seguida e pulando para uma bandeja entre três defensores do Brasília, os quais não conseguiram reagir a tempo. Bola dentro: 89 a 91 no placar. Vitória do Corinthians.
Ao final da partida, o armador Ricardo Fischer comentou sobre o histórico do Brasília. “É um momento complicado. Se não me engano, nessa temporada foram oito ou nove jogos que a gente perdeu de uma posse, dois pontos na prorrogação... A gente tem que aprender a fechar o jogo, está faltando para a gente os detalhes. Agora, é continuar trabalhando. A gente está fazendo jogos muito bons no segundo turno e não sabendo fechar. Mais um jogo bom, abrimos uma vantagem, fizemos uns erros bobos e aí eles chegam no jogo. É na hora da decisão que a gente tem que ser mais duro. Temos um grande jogo na sexta-feira com o Minas e cada jogo para a gente é uma final para que a gente consiga sair dessa posição”, disse.
Próximas partidas
O Brasília Basquete volta às quadras nesta sexta-feira (11/3), para enfrentar o atual segundo colocado da competição, 123 Minas, em um verdadeiro embate de David contra Golias. A partida será na Arena Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, às 19h, com transmissão ao vivo no canal do YouTube do NBB. O Corinthians, por outro lado, tem um duelo importante pela frente. Neste sábado (12/3), o Timão enfrentará o Fortaleza Basquete Cearense, 11º da tabela. Ambos os times estão na disputa para chegar aos playoffs desta temporada, e o Fortaleza é um dos concorrentes diretos do Corinthians por essas vagas classificatórias. O confronto acontecerá às 16h, no Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo, com transmissão síncrona da TV Cultura.
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