GAMA

Jogadores do Gama cruzam os braços e fazem cobrança de salários ao clube

Em nota, grupo de jogadores do alviverde voltou a cobrar a diretoria do clube e ameaçam não entrar em campo: "nós precisamos sustentar nossas famílias e estamos cansados de sermos enganados"

Marcos Paulo Lima
Danilo Queiroz
postado em 10/03/2022 19:08 / atualizado em 10/03/2022 19:37
 (crédito: Victoriano Callado/ S.E. Gama)
(crédito: Victoriano Callado/ S.E. Gama)

Após algumas semanas de tranquilidade com a classificação para o quadrangular semifinal do Campeonato Candango, os bastidores do Gama voltaram a entrar em erupção nesta quinta-feira (10/3). Em meio aos dias livre para treinamentos sem jogos do torneio local, o elenco publicou uma nota cobrando, mais uma vez, o pagamento da dívida salarial do clube com os jogadores. Os atletas afirmam que não farão atividades e não entrarão em campo até o problema ser resolvido.

O comunicado foi publicado de forma simultânea por vários jogadores alviverdes nas redes sociais. No texto, os atletas ressaltam que o clube ainda tem dívidas relacionadas aos meses trabalhados em 2022. Além de cobrarem de forma pública que o Gama honre com os compromissos salarias, os atletas também reclamaram dos atitudes de Leonardo Scheinkman, diretor do projeto de Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do time, Weber Magalhães, presidente do clube, e Arilson Machado, vice-presidente.

“Em razão do não pagamento dos salários, o grupo de atletas da SAF Gama decidiu, em conjunto, não treinar e não entrar em campo até que a situação seja resolvida. Repudiamos veementemente as atitudes dos senhores Leonardo Scheinkman, Weber Magalhães e Arilson Machado que, além de não darem as condições básicas de um clube, não cumprem o básico do acordo entre a empresa e o emprega, que é o salário”, diz o texto divulgado pelo grupo do técnico Jonilson Veloso.

Nota divulgada pelos jogadores do Gama cobrando salários atrasados
Nota divulgada pelos jogadores do Gama cobrando salários atrasados (foto: Reprodução da Internet)

Em fevereiro, o atraso salarial virou pauta recorrente no elenco do Gama. No ápice do problema, os jogadores também passaram alguns dias sem treinar e colocaram um possível W.O. no Candangão como consequência caso não houvesse uma solução por parte da diretoria. À época, a situação foi resolvida de forma parcial. Na nova cobrança, os gamenses relembraram as promessas. “Nós precisamos sustentar nossas famílias e estamos cansados de sermos enganados.”

O Correio procurou Leonardo Scheinkman e Weber Magalhães para comentarem a situação envolvendo os salários atrasados e a nota publicada pelos jogadores. O gestor da SAF optou por se aprofundar na reclamação antes de se posicionar. O espaço segue aberto ao dirigente. Já o presidente ressaltou que a folha salarial do grupo venceu nesta quinta-feira (10/3) e haverá uma conversa com o grupo para tratar da questão.

"Vamos conversar amanhã com os jogadores. A folha de pagamento venceu hoje (10/3). Amanhã, é um dia de atraso. O que temos pendente, na verdade, são 11 dias trabalhados em dezembro, e nem todos têm direito. São 11 jogadores. Falta uma parte do mês de janeiro para alguns jogadores e funcionários também. Estamos reunidos para tentar solucionar isso", garantiu Weber.

Após a classificação para o quadrangular semifinal do Campeonato Candango, o Gama iniciou a disputa por um dos dois lugares na final do torneio local com uma derrota, por 2 x 1, para o Capital. Na próxima segunda-feira (14/3), o alviverde volta a campo diante do Ceilândia, às 15h30, no estádio Abadião. Além desse jogo, o Periquito tem mais quatro compromissos na competição, incluindo dois clássicos contra o Brasiliense, na terceira e quarta rodadas da fase atual.

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