Presente e futuro

Flamengo e Vasco se enfrentam no Maracanã, com o rubro-negro em vantagem, em busca de um lugar na final estadual. Com desnível técnico recente, investidor vascaíno promete último clássico com "desvantagem no orçamento"

Danilo Queiroz
postado em 20/03/2022 00:01
 (crédito: Marcelo Cortes/Flamengo)
(crédito: Marcelo Cortes/Flamengo)

O clássico de hoje, às 16h, entre Flamengo e Vasco será de fins e expectativa de recomeços. No Maracanã, um deles dará adeus ao Campeonato Carioca. Carregando a vitória do meio de semana, por 1 x 0, o rubro-negro pode perder pela mesma diferença de gols para avançar, pois joga com o benefício da igualdade na soma dos 180 minutos. Precisando virar o confronto contra o maior rival para chegar na decisão do torneio estadual, o cruzmaltino foca em transformar o presente, mas com olho em uma promessa ousada para o futuro.

No Rio de Janeiro desde quinta-feira, o investidor norte-americano Josh Wander, principal executivo da 777 Partness, principal candidata a comprar a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) vascaína, ainda em planejamento, conheceu o clube e fez uma garantia para os torcedores. Em entrevista à TV Globo, cravou: "essa vai ser a última vez na história que o Vasco vai jogar contra o Flamengo com uma desvantagem no orçamento". A fala, de tons políticos, serve muito mais para o desconhecido futuro do que para o presente cruzmaltino.

No Maracanã, o Vasco desafiará não somente a vantagem do Flamengo, mas o cenário de superioridade do rival nas últimas temporadas. Na quarta-feira, o rubro-negro teve mais a bola nos pés e não construiu um resultado maior pela própria falta de imposição e eficácia. O goleiro Thiago Rodrigues, entretanto, fez questão de ressaltar que o clássico será definido com a bola no gramado e o poderio rubro-negro nas receitas não terá espaço no Maracanã.

"Todos estão aqui porque têm coragem. Orçamento não entra em campo. Independentemente do que se fala, temos que acreditar. O Zé Ricardo sempre fala que o Vasco é para quem acredita, e é com esse espírito que vamos para o jogo", garantiu o goleiro, repercutindo a declaração de Wander. "Vejo como algo positivo. Essa fala eu vejo de forma objetiva e também ampla. Não só no campo, mas também em forma de estrutura, ela vai dar amparo financeiro para o clube e nos faz acreditar em dias melhores", concretizou.

No Flamengo, a preocupação inicial é com a ausência do atacante Bruno Henrique. O camisa 27 sofreu uma luxação no ombro na primeira partida contra o Vasco e será desfalque. Na tentativa de surpreender os rivais, o técnico Paulo Sousa esconde as possíveis mudanças no time rubro-negro, algo comum em sua passagem. Até o momento, o português não repetiu a mesma formação inicial por dois jogos seguidos. Com isso, os mais de 40 mil rubro-negros confirmados no Maracanã podem ver outro time. E esperam, também, uma postura mais impositiva.

"Já tenho vindo a dizer que não quero que os adversários temam os jogadores, mas sim a camisa do Flamengo. É a própria equipe que tem que fazer a diferença. A ideia não é fazer experiências em uma competição. Sabemos da importância do tetra, que tentamos vários anos e não conseguimos. Tivemos a necessidade de entender em competição a resposta dos nossos jogadores em relação a complexidade de cada jogo", destacou o comandante rubro-negro.

Quem avançar hoje, ficará de olho no clássico entre Fluminense e Botafogo para conhecer o adversário na final. O tricolor e o alvinegro jogam a ida, amanhã, no Nilton Santos, e a volta, no próximo domingo, no Maracanã. O eliminado, por sua vez, terá de esquecer o presente e focar, de fato, no futuro da temporada de 2022.

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