Eliminado no Campeonato Candango e sem calendário nacional para a sequência de 2022 e 2023, o Gama não será mais presidido por Weber Magalhães e o vice Arilson Machado. A informação foi divulgada inicialmente pelo Distrito do Esporte e oficializada pelo clube nas redes sociais.
Weber Magalhães e Arilson Machado enviaram, na manhã desta quinta-feira (31/3), o documento de renúncia à cúpula gamense.
"A falta de recursos durante esses anos foi muito desgastante. Gerir um clube sem dinheiro é utopia. E, para piorar, a pandemia nos deixou dois anos sem receita de bilheteria, principalmente no ano em que o time foi bicampeão e fez uma excelente campanha na Série D", justificaram na carta de renúncia.
Weber Magalhães assumiu a cadeira alviverde em 2016 e, em 2020, foi reeleito junto a Arilson Machado. Em contato com o Correio, Magalhães revelou que Wendel Lopes é quem assumirá as rédeas do clube. Em 2021, Lopes renunciou ao cargo de vice-presidente, após divergências com os outros dois dirigentes.
"Saímos de cabeça erguida e consciência muito tranquila, porque fizemos o melhor, principalmente no que diz respeito à prestação de contas, transparência, honestidade e ética", complementaram os cartolas.
Em meio às dívidas, a crise no Ninho do Periquito ficou ainda mais evidente após a confusa negociação dos direitos da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Com o CNPJ emitido em 29 de dezembro de 2021, o clube tinha expectativas de aliviar suas finanças e voltar a investir no futebol.
No entanto, o alviverde alegou a falta de pagamentos por parte do gestor responsável por captar os investimentos, Leonardo Scheinkman, desencadeando descontentamento do elenco e da torcida.
Sem compromissos oficiais, o Gama tem assembleia no Conselho Deliberativo agendada para 5 de abril. A princípio, a análise das contas do clube eram a pauta principal, porém, com a saída do presidente e vice-presidente, a reunião deve tomar outros rumos.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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