A Copa do Brasil proporciona momentos nostálgicos. Hoje, o duelo entre Globo e Brasiliense, às 20h30, em Ceará-Mirim (RN), pela segunda fase, promove o retorno de um personagem conhecido do futebol potiguar — considerado o rei do estado há quase nove anos. Técnico do Jacaré, Celso Texeira foi campeão no Rio Grande do Norte.
O professor do Jacaré comandou mais de 40 equipes. Um dos capítulos mais vitoriosos do senhor de 60 anos foi Estádio Barretão, palco da partida decisiva entre os dois times. Em 2013, ele conduziu o modesto Potiguar de Mossoró às finais do estadual e faturou o título ao superar o tradicional América nos pênaltis, por 5 x 4.
Foi apenas a segunda conquista estadual da modesta equipe de Mossoró, porém uma das mais desejadas, pois quebrou um tabu de nove anos sem levantar o troféu.
Como todo bom mestre, Celso Teixeira fez escola. A caminhada vitoriosa em terras potiguares inspirou profissionais que podem ser considerados pupilos do treinador. Um deles é o adversário de logo mais, o técnico Jaelson Marcelino. Ambos trabalharam juntos por cinco temporadas, quando Marcelino ainda era atacante.
Na décima temporada como treinador, o aluno de Celso Teixeira não esconde a admiração pelo ex-professor, mas espera dar-lhe o mesmo fim do Internacional. Na primeira fase da Copa do Brasil, os potiguares eliminaram o colorado por 2 x 0.
Para afastar a máxima aristotélica de que o discípulo é supera o mestre, o Brasiliense, de Celso Teixeira, precisará ir além do empate com o Humaitá-AC na primeira fase. Para abocanhar a vaga ao terceiro round da Copa do Brasil — estágio em que entram as equipes classificadas para a Libertadores — e embolsar mais R$ 1,9 milhão em prêmio, o Jacaré tem de vencer. No caso de empate, a decisão será nas cobranças de pênalti.
* Estagiário sob a supervisão
de Marcos Paulo Lima