BRASILEIRÃO 2022

Paulistas amargam o maior jejum de títulos era dos pontos corridos

No penúltimo episódio do Guia da Série A, o Correio atualiza as informações sobre o congestionamento de três anos que não deixa a fila andar para os times de São Paulo

Marcos Paulo Lima
postado em 08/04/2022 14:06 / atualizado em 08/04/2022 14:16
 (crédito:  Cesar Greco)
(crédito: Cesar Greco)

Das 19 edições do Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos, 11 foram conquistadas por times do Estado de São Paulo. Deu Santos em 2004. São Paulo no tricampeonato de 2006 a 2008. O Corinthians levou a taça em 2005, 2011, 2015 e 2017. E o Palmeiras deu a volta olímpica em 2016 e 2018. O Timão e o alviverde chegaram a se alternar no poder de 2015 a 2018 até que Flamengo e Atlético-MG quebraram a sequência.

Resultado: os paulistas não mandam na Série A há três temporadas consecutivas. É o maior jejum da unidade da federação com maior renda per capita do país no atual formato da competição nacional. Nas últimas duas versões, os gigantes não pegaram sequer vice. Em 2020, deu Flamengo e Internacional em primeiro e em segundo, respectivamente. No ano passado, Atlético-MG e Flamengo.

  • Ficha técnica do Palmeiras Reprodução
  • Ficha técnica do Corinthians Reprodução
  • Ficha técnica do São Paulo Reprodução
  • Ficha técnica do Santos Reprodução
  • Ficha técnica do Bragantino Reprodução

A nova temporada começa no sábado (9/4) com um favorito hospedado no Allianz Parque. Atual bicampeão da Libertadores, o Palmeiras é candidatíssimo ao título desde que o técnico Abel Ferreira não tenha preguiça de disputá-lo do início ao fim. Embora empilhe cinco troféus em dois anos de trabalho, o lusitano está devendo no Brasileirão. Amargou o sétimo lugar em 2020 e o terceiro no ano passado. Há potencial para mais, porém, o treinador tem claramente preferência pelas copas.

Sob a batuta de Abel, o Palmeiras ganhou duas Libertadores (2020 e 2021), uma Copa do Brasil (2019), uma Recopa (2022) e um Paulistão (2022). O goleiro Weverton, o meia Raphael Veiga e o atacante Dudu são os talismãs. Há expectativa, ainda, pelo desembarque de um centroavante no meio do ano.

Endividado, o Corinthians trocou os pés pelas mãos na temporada passada e encheu o elenco de medalhões. Sylvinho e o técnico português Vítor Pereira ainda não conseguiram fazer Willian, Renato Augusto, Paulinho, Roger Guedes e Giuliano funcionarem coletivamente. Emprestado ao clube pelo Shakhtar Donetsk, o volante Maycon é um reforço relevante para o Brasileirão enquanto durar a invasão da Rússia à Ucrânia.

O São Paulo vive lua de mel com Rogério Ceni. Apesar do vice no Paulistão, o campeão brasileiro em 2020 à frente do Flamengo recuperou o status de maior ídolo da história tricolor e montou um time competitivo baseado em meninos de Cotia, como Igor Gomes e Gabriel Sara, e em referências como o centroavante Calleri.

Santos e Red Bull Bragantino ocupam a prateleira das surpresas. Vice em 2019, o Peixe flertou com o rebaixamento nas edições posteriores, balançou, mas não caiu. Fábio Carille impediu a queda em 2021, perdeu o emprego e foi substituído por Fabian Bustos. Vice da Copa Sul-Americana em 2021, o Red Bull Bragantino aposta no trabalho sustentável bancado pela marca de bebida energética.

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