CANDANGÃO

Ceilândia e Brasiliense fazem final de um troféu e duas medidas

Gato Preto joga para encerrar o jejum de uma década sem conquistar o Candangão, enquanto o Brasiliense mira o início de uma dinastia, diante da possibilidade do terceiro título em cinco anos

Victor Parrini*
postado em 09/04/2022 08:00
 (crédito: Alan Rones/Ascom Ceilândia)
(crédito: Alan Rones/Ascom Ceilândia)

O Distrito Federal desperta pronto para conhecer o seu campeão. Neste sábado (9/4), às 15h30, Ceilândia e Brasiliense gravam, no Estádio Abadião, o último ato da final do Campeonato Candango. Atual dono do quadrado, o Jacaré tem a vantagem do empate e larga na frente para abocanhar o troféu. O Gato Preto precisa vencer por dois gols de diferença para ganhar a taça no tempo normal. Embora a conquista seja o objetivo comum entre os times das cidades vizinhas, o feito pode ter medidas e proporções diferentes para cada um.

Diante da sua torcida, o Ceilândia joga para sair da fila de 10 anos sem soltar o grito de campeão do local. A última vez foi em 2012, quando o atacante Dimba liderou a equipe ao bicampeonato. De lá para cá, o alvinegro esteve em três finais, porém, ficou no quase em todas. Em 2016, sucumbiu diante do Luziânia, na reedição da decisão de 2012. Em 2017 e 2021, bateu na trave contra o Brasiliense.

Portanto, a partida deste sábado, além de encerrar o jejum de uma década, pode servir como vingança do Ceilândia contra a equipe de Taguatinga. O trabalho consolidado pelo técnico Adelson de Almeida é uma das cartas na manga alvinegra. Comandante do Gato Preto na última conquista local, ele conhece os atalhos das vitórias e espera utilizar os reveses recentes em finais como escada para o topo do futebol na capital federal.

A confiança pelos ares da região administrativa mais populosa do DF é alta, principalmente porque um de seus atacantes vive boa fase. Dono da camisa 20, Romarinho é o vice-artilheiro do torneio, com oito gols, e uma das principais esperanças da torcida alvinegra.

"Sem dúvidas, encerrar o jejum de 10 anos sem o título do Candangão é uma motivação a mais. O jogo será extremamente difícil porque vamos competir contra um adversário de qualidade. Todo campeonato que disputo, gosto de brigar pela artilharia, mas o objetivo principal é conquistar o título", afirma o goleador alvinegro na competição.

Se, por um lado, o Ceilândia busca sair do congestionamento de 10 anos sem o título candango, a locomotiva amarela percorre o trilho na contramão. Atual campeão, o Jacaré quer abocanhar o terceiro troféu doméstico em cinco anos — o segundo de forma consecutiva. Sem a sombra do arquirrival Gama, que passa por reestruturação interna e ficou em último no quadrangular semifinal, a equipe amarela pode iniciar uma nova hegemonia no centro do país.

A finalíssima é a oportunidade de o Brasiliense voltar a vencer um título do Candangão em sequência, após 13 anos. O último feito dessa categoria aconteceu em 2009, quando faturou o sexto caneco de sua história, após sequência de outras cinco conquistas locais.

Com título ou não, os dois finalistas serão premiados pelo caminho traçado durante o torneio. Patrocinador do Candangão, o Banco de Brasília (BRB) reservou premiação de R$ 750 mil: R$ 500 mil para o campeão e R$ 250 mil ao vice. O aporte será fundamental para a caminhada de Ceilândia e Brasiliense na campanha pelo acesso na Série D do Campeonato Brasileiro, a partir de 16 de abril. O Distrito Federal está atolado na quarta divisão desde 2014.

*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima

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