Futebol de base

Campeão, artilheiro e craque: Endrick fala da primeira taça pela Seleção

Centroavante brasiliense tenta entender a série de sucessos depois de levar o Palmeiras ao título inédito da Copa São Paulo de Futebol Júnior e encerrar tabu de 38 da Seleção no Torneio de Montaigu

'Marcos Paulo Lima
postado em 18/04/2022 21:43 / atualizado em 18/04/2022 21:47
Endrick comandou a festa dentro e fora de campo na decisão do Torneio de Montaigu contra a Argentna -  (crédito: Bruno Pacheco/CBF)
Endrick comandou a festa dentro e fora de campo na decisão do Torneio de Montaigu contra a Argentna - (crédito: Bruno Pacheco/CBF)

Artilheiro isolado do Torneio de Montaigu com cinco gols, um deles nesta segunda-feira na vitória por 2 x 1 contra a Argentina na final, eleito melhor jogador da competição aos 15 anos em uma Seleção Sub-17, e protagonista do fim de 38 anos de jejum desde o título de 1984. Nascido em Brasília, o centroavante Endrick vive um ano mágico. Em janeiro, havia levado o Palmeiras ao título inédito da Copa São Paulo de Futebol Júnior.

A joia da base alviverde falou sobre a conquista do título em entrevista à CBF. Emocionado, aparentava perplexidade com a série de êxitos. “É inexplicável o que está acontecendo na minha vida. O importante é ficar com a minha cabeça no lugar, com humildade e não me exaltar com nada. Ter sido melhor jogador e artilheiro é consequência. Tudo isso, a equipe me ajudou e devo agradecer muito a eles. Foi incrível para mim. Eu não imaginava jogar tão bem assim. Pude fazer uma boa competição”, comentou o camisa 9.

O Torneio de Montaigu costuma ser um trailer do que jovens talentos farão na carreira profissional. Fundado em 1973 pelo holandês André Van Den Brink, presidente, à época, do FC Montaigu, é disputado anualmente desde 1976. Desfilaram pelos tapetes meninos que viraram senhores craques: Hagi (Romênia), Cristiano Ronaldo (Portugal), Pirlo (Itália), Nedved (República Tcheca), Tévez (Argentina) e os franceses Desailly, Deschamps, Henry, Benzema e Mbappé são alguns deles.

Endrick se destacou ao lado de Luiz Guilherme, outra joia do Palmeiras. “A gente tem um entrosamento, uma amizade fora de campo. Temos conversas. Então, isso ajuda. Quando chegamos, a gente se adequou bem ao estilo um do outro. A equipe toda foi firme do começo ao fim do campeonato”, elogiou o jogador.

Em janeiro, o jovem centroavante disputou a decisão da Copa São Paulo de Futebol Júnior contra o arquirrival Santos, no Allianz Parque. Nesta segunda, brilhou novamente contra a Argentina em um clássico internacional.

“A minha primeira final pela Seleção ser em um clássico sul-americano foi muito bom. As seleções europeias também fizeram bons jogos. Agora, é manter os pés no chão, voltar para os clubes e jogar bem para, nas próximas convocações, estarmos com essa mesma equipe”, afirmou Endrick.

O atacante balançou a rede em todos os jogos da campanha. Balançou a rede do México na estreia. Fez dois no empate com a Holanda e um no duelo com a Inglaterra. Na decisão do título, abriu o caminho para a vitória contra a Argentina.

Pai coruja de Endrick, seu Douglas Ramos acompanhou o desempenho do herdeiro jogo a jogo no estádio. Hospedado em um hotel diferente do filho, que foi blindado pela comissão técnica da Seleção, ele conseguiu, ao menos, um aceno do campeão. “Ele só me deu um abraço, perguntou se eu estava chorando, disse para eu parar de chorar, deu um abraço, um beijo e o resto você sabe…”, contou.

O Brasil não conquistava o Torneio de Montaigu desde 1984. Naquele ano, a Seleção, desbancou a anfitriã França. O time comandado à época por Julio Cesar Leal tinha como principais nomes o zagueiro André Cruz, o meia William e o goleiro Velloso.

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