O centro do país foi palco do início da disputa pela maior glória do vôlei brasileiro. Ontem, no Nilson Nelson, em Brasília, Praia Clube e Minas fizeram o primeiro jogo da final da Superliga Feminina e ofereceram um grande espetáculo. Apesar da vitória por 3 x 1 da equipe de Belo Horizonte (parciais 25 x 18, 25 x 22, 25 x 22 e 25 x 22), o time de Uberlândia foi competitivo, chegou a impor o seu ritmo, mas caiu no primeiro ato da decisão.
Além da vitória que abriu vantagem na briga pelo troféu nacional, o Minas afastou um fantasma recente dos clássicos contra o Praia Clube. O esquadrão aurinegro havia triunfado nos últimos cinco encontros, sendo quatro finais — uma delas no Distrito Federal, valendo o título Sul-Americano. Os nove mil torcedores que foram ao Nilson Nelson encontraram um clima efervescente. Os grandes bloqueios e ralis estremeceram as arquibancadas. A segunda dose de emoção e vôlei de mais alto padrão na final "pão de queijo" em Brasília será na sexta-feira, às 21h.
O primeiro set foi vibrante. O Minas saiu em vantagem após erro de saque de Claudinha. Na mesma moeda, o Praia chegou ao empate após serviço falho de Thaísa. Porém, o erro não desanimou as atuais bicampeãs da Superliga. A equipe comandada pelo técnico italiano Nicola Negro encontrou brechas no bloqueio adversário e chegou a abrir 5 x 2. Mas, para não deixar o rival desgarrar, as atuais campeãs sul-americanas equilibraram o duelo e disputaram ponto a ponto. Entrosado, o Minas se encontrou, abriu cinco de vantagem e fechou o primeiro set por 25 x 17. Destaque para as atuações da ponteira Neriman Oszoy, com cinco acertos de ataque e de Pri Daroit, com quatro pontos.
Mesmo no prejuízo, o Praia não desanimou e logo tentou tomar as rédeas na segunda parcial. A equipe do interior mineiro teve o controle nos primeiros minutos. Do outro lado, o Minas, que dominou a reta final do primeiro set, se organizou e logo tratou de virar. Embora o time de Belo Horizonte esboçasse voltar ao domínio da partida, o equilíbrio foi parte central da narrativa. Com sequências alternadas de pontos, os dois times não se deixavam desgarrar na partida, até Pri Daroit brilhar de novo e colocar o Minas à frente. Com o 20 x 20 no placar, a reta final foi emocionante até o time branco e azul fechar com Thaísa: 25 x 22.
Repetindo a dose dos sets anteriores, o Praia Clube saiu na frente e abriu para margem para uma reação. Empurrada pela torcida, a equipe de explorou bem os bloqueios e abriu 7 x 4 com Anne. Insatisfeito com a postura inicial do Minas na etapa decisiva, o técnico italino Nicola Negro solicitou parada para instruir as jogadoras. Mesmo com o respiro, o aurinegro seguiu no controle até a empolgação dar lugar aos erros. As atuais bicampeãs até igualaram o placar, mas não mantiveram o ritmo. Insistentes, as praianas confirmaram a vitória por 25 x 22.
O rali de 27 segundos deu indícios do que seria a tônica do set final. Apesar do embalo pela vitória na parcial anterior, o Praia não conseguiu administrar os dois pontos que abriu de início e viu o Minas contornar e colocar 12 x 6 no placar. Precisando de alternativas para não deixar o adversário deslanchar, o treinador Paulo Coco chamou o pedido técnico e viu o prejuízo praiano diminuir. O time de BH, porém, controlou as emoções para fechar a partida com 25 x 22 e largar na frente pelo troféu.
Superliga Masculina
Hoje, será a vez da Superliga de Vôlei masculina iniciar a decisão da temporada 2021/2022. Assim como no feminino, a final será mineira. Às 21h30, o Sada Cruzeiro recebe o Minas, no Ginásio Divino Braga, em Betim (MG). A partida, a primeira da série que pode chegar a três em caso de necessidade de desempate, terá transmissão do SporTV.
* Estagiário sob a supervisão
de Danilo Queiroz
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