A segunda jornada das estrelas

Capítulo dois da final coloca frente a frente, em Brasília, as duas melhores centrais da temporada passada. Pelo lado do Minas, Thaísa é uma das referências pelo tricampeonato. No Praia Clube, Carol mira superação da equipe para ganhar sobrevida na disputa pelo troféu

Victor Parrini*
postado em 29/04/2022 00:01
 (crédito: kleber sales)
(crédito: kleber sales)

Chegou a hora das gigantes de Minas e Praia Clube saltarem por mais uma disputa eletrizante de título de Superliga. Hoje, às 21h, a dupla mineira volta a se encontrar no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, para o segundo e possivelmente derradeiro jogo da final. Após a exibição consistente, com a vitória por 3 sets a 1 na partida inaugural da série melhor de três, a equipe de Belo Horizonte está a apenas um triunfo de soltar o grito de campeã pela terceira vez consecutiva. O esquadrão de Uberlândia necessita do resultado positivo para levar a decisão ao duelo de desempate, na terça-feira, e afastar o retrospecto negativo em decisões desse calibre diante do arquirrival.

A final "pão de queijo" coloca os dois melhores times do país em situações opostas, mas com objetivos semelhantes. Para um lado, a vitória levará ao topo. Ao outro, significará uma sobrevida na disputa pelo principal caneco do vôlei brasileiro. Focados nos objetivos, Minas e Praia depositam as esperanças em duas gigantes que atuam pelo centro da quadra. Eleitas as duas melhores centrais da temporada anterior, Thaísa e Carol são pilares e peças fundamentais nas engrenagens das duas equipes.

Bicampeã olímpica em Pequim-2008 e Londres-2012, Thaísa eleva o patamar do Minas na decisão. Para disputar mais uma final pelo clube mineiro, superou uma lesão. A contusão a deixou ausente de 12 partidas em três meses. A recuperação foi intensa, mas valeu a pena. A gigante de 1,93m é uma das peças-chave do esquema vitorioso consolidado pelo técnico italiano Nicola Negro. Quando o assunto é bloqueio, ela é a referência. Acumula 83 bloqueios bem sucedidos. Thaísa é a dona dos melhores números do time de BH no quesito.

Eleita a melhor central e jogadora número 1 da Superliga na temporada 2020/21, Thaísa não tem obsessão por marcas pessoais. Ser campeã é motivação suficiente. "O atleta de alto rendimento tem que ter no sangue essa motivação pela vitória. Ser campeã é coroar todas as situações que passamos. Foi uma temporada muito complicada e realmente desafiadora", analisa em entrevista ao Correio.

Distante de BH, Thaísa comenta a importância do apoio da torcida em Brasília. "Tenho 21 anos de vôlei e ainda não me acostumei a entrar em um ginásio lotado, fazer um ponto e ver a torcida gritando. É isso que nos faz querer dar o nosso melhor em quadra para agraciar essas pessoas que vieram de tão longe", compartilha.

Pelo lado aurinegro da decisão, a referência atende por Ana Carolina da Silva, ou simplesmente Carol. A central de 1,83m foi eleita a segunda melhor da posição na temporada 2020/21. Ela ficou atrás da rival Thaísa. Com voleibol de alto nível, ela é a melhor sacadora do Praia Clube, com 31 aces na conta. De quebra, Carol ainda desponta como a melhor bloqueadora da equipe e a segunda melhor da competição: 124 acertos.

Destaque da equipe praiana, a central fala sobre a importância das marcas numa disputa de alto nível. "É difícil de pontuar individualmente em um esporte que é coletivo. Fico feliz por ter boas performances. Isso reflete na qualidade do time", destaca.

Peça importante da campanha de primeiro lugar na fase classificatória, Carol deposita a confiança no grupo. "Sempre acreditamos, essa é a palavra. Mas isso vem do trabalho, da dedicação no dia a dia. Se eu estou bem no bloqueio é porque as bases estão marcando certo, estamos respeitando taticamente o jogo que o Paulinho passa. Apesar de ter o meu nome ali, é o time todo por trás", ressalta.

* Estagiário sob a supervisão
de Marcos Paulo Lima

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