FUTEBOL

Camisa 1 no cabide: Diego Alves vive período sem chances no Flamengo

Mesmo com lesão de Santos e tendência de jogadores poupados, camisa 1 não deve aparecer no gol contra o Altos, pela Copa do Brasil. Com o técnico Paulo Sousa, dono da meta em geração dourada jogou apenas duas vezes em 2022

Danilo Queiroz
postado em 10/05/2022 17:10 / atualizado em 10/05/2022 17:40
 (crédito: Marcelo Cortes/Flamengo)
(crédito: Marcelo Cortes/Flamengo)

Cinco anos de Flamengo, 210 jogos pelo clube, nove títulos conquistados e uma perda de espaço avassaladora e repentina sob o comando do técnico português Paulo Sousa. Na temporada 2022, o goleiro Diego Alves vive o viés mais baixo da montanha-russa rubro-negra. De dono absoluto na posição em uma das gerações mais vitoriosas da equipe carioca, o camisa 1 virou terceira opção na posição e não deve, sequer, ser utilizado em um dos jogos mais tranquilos do ano. Nesta quarta-feira (11/5), às 19h30, a equipe encara o Altos-PI, pela terceira fase da Copa do Brasil, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.

Desde a chegada de Paulo Sousa, Diego Alves mergulhou no momento de maior ostracismo após a chegada no Rio de Janeiro, em 2016. Logo nos primeiros treinos, a equipe do treinador português demonstrou predileção pelos serviços de Hugo Souza, diversas vezes questionado em 2022 por erros em jogos de maior apelo, como contra o Atlético-MG, em Cuiabá, na Supercopa, e mais recentemente diante do Botafogo, em Brasília, pela Série A do Campeonato Brasileiro. Nos cinco meses de 2022, o camisa 1 entrou em campo duas vezes pelo Carioca e falhou em uma delas.

Dos fatídicos erros de 27 de fevereiro, contra o Resende, em diante, Diego Alves ficou no banco em todas as partidas seguintes do Flamengo. Foram 16 jogos, por quatro competições diferentes, sob a sombra de Hugo Souza e Santos, este último contratado em abril junto ao Athletico-PR. Com pouco mais de um mês vestindo rubro-negro, inclusive, o novo arqueiro foi utilizado mais vezes na meta do técnico Paulo Sousa: quatro partidas, todas da Libertadores. E nem mesmo a lesão do último contratado abriu margem para novas oportunidades ao camisa 1.

Goleiros Santos e Diego Alves treinam com o elenco do Flamengo no CT Ninho do Urubu
Goleiros Santos e Diego Alves treinam com o elenco do Flamengo no CT Ninho do Urubu (foto: Marcelo Cortes/Flamengo)

Após a derrota no clássico contra o Botafogo no Estádio Nacional Mané Garrincha, o técnico Paulo Sousa, em resposta ao Correio na coletiva de imprensa, comentou a atuação de Hugo, a lesão de Santos e indicou o Garoto do Ninho como dono da posição para as próximas partidas. “Fizemos um diagnóstico e o Santos vai precisar de mais tempo para se recuperar de forma a ele poder estar confiante de defender as nossas balizas. Por isso temos vários goleiros e é com eles que vamos ter que seguir. São aqueles que estiverem mais prontos. Em relação à pergunta de quem vai jogar: o Hugo”, cravou.

A enfática escolha faz a atual fase de Diego Alves ser ainda mais crítica que a de 2018. No final daquele ano, o goleiro voltava de lesão e foi informado pelo então técnico Dorival Júnior de que não seria utilizado em um jogo do Brasileirão contra o Paraná. Incomodado por perder a vaga para o reserva César por questões médicas e não técnicas, se recusou a viajar para Curitiba com o elenco e foi afastado pelo restante da temporada. À época, o episódio quase provocou a saída do arqueiro do clube. Com a troca de comando, ele ficou e conquistou a maioria dos títulos com camisa rubro-negra.

Contra o Altos, Paulo Sousa deve, mais uma vez, poupar boa parte da equipe titular do Flamengo. Além do goleiro Santos, com problema na coxa, o rubro-negro tem outros cinco desfalques médicos: Filipe Luís (panturrilha), Fabrício Bruno (pé esquerdo), Matheus França (fratura), Gustavo Henrique (em transição) e Vitinho (fisioterapia). Recuperados, Pedro e Matheuzinho vivem a expectativa de retornar à equipe.

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