Padrinhos fortes

CARLOS SILVA* MARCOS PAULO LIMA PEDRO MARRA
postado em 13/05/2022 00:01
 (crédito: Renato Alves/Agência Brasília)
(crédito: Renato Alves/Agência Brasília)

"Rezando para dar certo a nova gestão." Assim, a brasileira Fabiana Ecclestone, vice-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e esposa do ex-chefão da Fórmula 1, o britânico Bernie Ecclestone, publicou foto nas redes sociais, de dentro do circuito, para cumprimentar o Banco de Brasília (BRB) por assumir a gestão do Autódromo Internacional Nelson Piquet pelos próximos 30 anos. A presença do influente casal Ecclestone, ontem, na capital, em companhia dos presidentes da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), Giovanni Guerra; da FADF, Renato Constantino, da Comissão Nacional de Circuitos, Luis Ernesto Morales, membro do mesmo órgão na FIA; do promotor da F-1 Brasil, Alan Adler, e do tricampeão mundial Nelson Piquet, não foi meramente protocolar.

O Correio apurou que a CBA está fortemente dedicada em trazer grandes eventos de automobilismo para o Brasil. Inclusive pleiteia um segundo GP do Brasil de Fórmula 1, que seria uma espécie de GP South America. Nos bastidores, o novo momento do Autódromo Nelson Piquet é visto com potencial para ser indicado. O modelo de negócio é considerado moderno. O banco investirá R$ 60 milhões na reforma e assumiu os naming rights do autódromo nos moldes da parceria assinada com a Arena BSB pelo Mané Garrincha. A Terracap e o DER-DF serão parceiros nas obras. O autódromo está fechado desde 2014.

Formada em direito e especializada em comércio exterior, Fabiana Ecclestone é vice-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para América do Sul. Casada com Bernie Ecclestone desde 2012, é engajada no automobilismo. Faz parte da Comissão de Mulheres no Esporte a Motor da FIA. Uma das missões dela é peitar o machismo e auxiliar pilotos do sexo feminino em diversas categorias pelo mundo. Empoderada, tornou-se uma das executivas mais influentes na parceria com o presidente da entidade máxima do automobilismo, o emiradense Mohammed bin Sulayem.

Fórmula 1 não é novidade na capital do país. O circo passou por aqui em 3 de fevereiro de 1974, com vitória do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi. Agora, a meta é tornar o autódromo capaz de receber a Stock Car. A agenda prevê etapa em Brasília no mês de novembro.

Existe a possibilidade de outras corridas antes, desde que as obras sejam aceleradas. Antes do almoço servido aos convidados, houve apresentação do projeto "Bem-vindo a Brasília, a nova capital da velocidade". Slides exibiram os planos ousados de deixar o autódromo e o kartódromo dentro das normas Cik-FIA. No futebolês, diríamos Padrão Fifa. Houve, ainda, demonstração de um croqui de como ficará o Autódromo/Arena Múltiplo Uso.

Presente na cerimônia, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, espera que a reforma incentive o setor e outras modalidades do esporte. "É exatamente isso que a gente quer, que voltemos a ter dentro da nossa cidade as competições automobilísticas de motovelocidade, todas aquelas categorias que quiserem aportar aqui, vamos ter condições de fazer isso", afirmou.


*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima

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