FUTEBOL

Treinadores candangos falam sobre a importância da qualificação no futebol

Melhor do mundo em 2007, o ex-meio-campista Kaká é apenas a ponta do iceberg dos técnicos candangos habilitados com licenças da CBF Academy. Profissionais brasilienses contam ao Correio a importância da qualificação

Danilo Queiroz
postado em 23/05/2022 06:00
 (crédito: Thais Magalhães/CBF)
(crédito: Thais Magalhães/CBF)

No início da semana, o brasiliense Kaká indicou um possível rumo da carreira no futebol, agora na área técnica. Aposentado dos gramados desde 2017, o ex-meio-campista postou, com orgulho, o certificado da conclusão da graduação da Licença A da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O curso é o nível mais alto exigido para quem busca a habilitação para dirigir um time no Brasil. "Só falta o time", brincou. Mas o melhor jogador do mundo de 2007 é apenas a ponta do iceberg da escola candanga de treinadores imersos nas especializações profissionais oferecida pela entidade.

Nascidos no Distrito Federal, nomes como Rodrigo Campos e Rodriguinho Lopes são parte da turma brasiliense graduada pela CBF para exercer o cargo de treinador nos diversos níveis. Os três primeiros ostentam no currículo a mesma Licença Pro obtida por Kaká, exigida para atuar em equipes profissionais na área técnica.

O último deles tem a Licença B, voltada para treinadores se especializarem em categorias de base. Existem ainda outras duas: A, também de times profissionais, e C, específica para escolas de futebol. Todas são pré-requisitos para quem deseja evoluir e subir de nível.

Com passagens pelos times feminino do Minas Brasília e do Cruzeiro na Série A1 do Campeonato Brasileiro, Rodrigo Campos sempre apostou na qualificação como triunfo na profissão à beira do campo. "Sempre tive a certeza de que me preparar é o melhor caminho para desenvolver a minha carreira. O curso da CBF foi uma das formas que encontrei para me capacitar, para ter trocas de informações com outros profissionais, me reciclar, me atualizar. Iniciei o curso em 2016, na Licença C. Atualmente, estou finalizando a Licença Pro", conta, ao Correio, o profissional brasiliense.

Campeão da Série B do Campeonato Brasileiro de 1998 pelo Gama, o ex-meia Rodriguinho também apostou na qualificação da entidade. "Julgo de fundamental importância o conhecimento. Parabenizo a CBF Academy por esse trabalho de excelência que ela vem fazendo. Como ex-atleta, eu prezo muito pelo conhecimento. Faço até uma analogia do esporte com a medicina: temos que estar em constante evolução", garante. "Como sou muito fã do conhecimento e do aprendizado, me vi nessa oportunidade de aprender um pouco mais o futebol", explica.

Ampla graduação

Nos sete anos na CBF Academy, Campos acumulou mil horas de formação prática e teórica. O técnico destaca a amplitude dos cursos além do gramado. "Abrange não apenas a parte tática, mas busca formar em todos os aspectos: como lidar com os atletas, gerenciar equipes de trabalho de forma positiva, abordagem com imprensa, planejar de forma micro, pensando na semana de trabalho, e também no macro, com um projeto a médio e longo prazo", destaca. "As pessoas que estão à frente desse trabalho nos dão oportunidade de galgar novos ares no esporte", pontua Rodriguinho.

Atualmente com um projeto político de pré-candidato a deputado federal, Rodriguinho deixa em aberto a possibilidade de ir além da licença B, ressaltando a graduação dos treinadores como caminho para o jogo praticado no Brasil evoluir.

"Em todas as áreas, não só no futebol, sabemos que se faz necessária a evolução. É bacana sentir, ver e contribuir nesse cenário ao qual o Brasil está se estendendo", diz. "Isso é desenvolvido tanto nas palestras quanto nas trocas de informações que temos entre nós, treinadores, durante os cursos", completa Campos.

O contato com profissionais de diversas regiões do Brasil, inclusive, é apontado como ponto alto da formação pelos dois brasilienses. "Conhecemos grandes treinadores, em especial pessoas fantásticas, e vamos levar isso para o resto das nossas vidas. O que levo de mais proveitoso, realmente, dos cursos da CBF Academy, além da gama de conhecimentos que eles nos dão a oportunidade de conquistar, é o networking e a amizade que construímos", cita Rodriguinho.

Rodrigo Campos vai no mesmo sentido. "Sempre fui um dos mais novos da turma. Poder escutar e aprender com treinadores consolidados no cenário nacional e internacional me ajuda bastante no meu desenvolvimento", cita.


Quanto custa para se graduar na CBF Academy?

- Licença Pro* (técnico em equipes profissionais): R$ 19.900,00
- Licença A* (técnico em equipes profissionais): R$ 10.500,00
- Licença B* (técnico em equipes de categorias de base): R$ 7.700,00
- Licença C (técnico em escolas de futebol): R$ 4.990,00

*Os níveis anteriores são pré-requisitos para obtenção do certificado


"O curso da CBF foi uma das formas que encontrei para me capacitar, ter trocas de informações com outros profissionais, me reciclar, me atualizar. Atualmente, estou finalizando a Licença Pro"

Rodrigo Campos, treinador

"Parabenizo a CBF Academy por esse trabalho de excelência que ela vem fazendo. Como ex-atleta, eu prezo muito pelo conhecimento. Temos que estar em constante evolução"

Rodriguinho, diretor de futebol do Gama


RODRIGO CAMPOS

Ex-técnico de times do futebol feminino, como Minas Brasília e Cruzeiro, Rodrigo Campos acumulou mais de mil horas na CBF Academy e está concluindo a graduação da Licença Pro. "Sempre tive a certeza de que me preparar é o melhor caminho para desenvolver a minha carreira."


RODRIGUINHO

Campeão da Série B do Campeonato Brasileiro de 1998 com o Gama, o ex-meio-campista Rodriguinho atualmente possui a Licença B da CBF Academy. "Como sou muito fã do conhecimento e do aprendizado, me vi nessa oportunidade de aprender um pouco mais o futebol."


KAKÁ

Aposentado dos gramados desde 2017, o ex-meio-campista Kaká concluiu recentemente uma graduação na CBF Academy. O brasiliense, melhor jogador do mundo em 2007, postou o certificado da Licença A para treinador e brincou: "só falta o time."

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