Majestosa liderança

Há quem diga que clássico não se joga, se vence. Esse é o tipo de pensamento que define bem o clima do duelo entre Corinthians e São Paulo, hoje, às 16h, na Neo Química Arena. Majestoso, cercado de títulos, acompanhado por milhões e, ainda, repleto de tabus. Esse é o cenário para mais um encontro entre alvinegros e tricolores, onde ganhar não é opção e, sim, obrigação.

O foco é nos três pontos. Porém, encerrar jejuns é motivo a mais para ambas as equipes. Além de jogar para se manter na briga pela ponta do Campeonato Brasileiro, o Timão vai a campo para afastar o retrospecto ruins em clássicos. Até o momento, a equipe do Parque São Jorge disputou cinco jogos com paulistas e perdeu todos.

Contra o São Paulo, será o terceiro encontro no ano. O mais recente não traz boas lembranças. Entretanto, iniciou o primeiro capítulo de um Corinthians diferente. Foi justamente contra a equipe do Morumbi que o técnico Vítor Pereira fez a sua estreia, na derrota por 2 x 1, na semifinal do Paulistão.

"Clássico é sempre diferente. Não vejo como revanche (pelas derrotas no Morumbi neste ano). Se pegarmos a história, tem momentos em que ganhamos e em que perdemos. Não perdemos em Itaquera contra eles. Vamos tentar fazer um grande jogo para que isso continue. Eles vêm com muita vontade de quebrar o tabu", avaliou o goleiro Cássio.

Pelo lado são-paulino, vencer é mais que necessário. Brigando pelas primeiras posições no Brasileirão, o São Paulo pode, contra o arquirrival, matar dois coelhos em uma cajadada só. Especulado como time apático fora de casa, o Tricolor se depara com uma grande assombração: vencer na arena alvinegra. Essa será a 16ª visita ao território corintiano, palco onde jamais comemorou.

Nos 15 jogos em que disputou na casa do Corinthians, o São Paulo amargou 10 derrotas e cinco empates. No retrospecto, pesam jogos de Libertadores, goleadas sofridas, eliminações e perdas de títulos. Ninguém entende melhor o jejum do que o técnico Rogério Ceni. Em Itaquera, o ex-goleiro já viveu o melhor dos dois mundos, como goleiro e treinador.

"É uma história curta, mas ainda não conseguimos vencer o Corinthians na arena. É um time forte, que vem jogando melhor. É clássico, tem rivalidade, é um campeonato à parte. Não aconteceu a vitória lá até hoje, o que mostra como é difícil ganhar na casa deles. Tem que estar ligado e focado", disse o comandante.

*Estagiário sob a supervisão
de Danilo Queiroz