Donos do Brasil e da América do Sul em tempos passados, Vasco e Grêmio têm encontrado marcado pela primeira vez na Série B do Campeonato Brasileiro. Nesta quinta-feira (2/6), às 20h, os gigantes do cenário nacional medem forças em São Januário em partida fundamental, onde os pontos serão decisivos para a definição da nota de corte daqueles que subirão à primeira prateleira do futebol do país. Embora seja um clássico entre camisas pesadas, o momento entre o Gigante da Colina e do Imortal é distinto.
O Vasco é vice-líder da segundona. Nem parece que a temporada do técnico Zé Ricardo começou conturbada, com eliminação precoce na segunda fase da Copa do Brasil e início ruim de Série B. O trabalho do técnico cruzmaltino está tendo bom desenvolvimento. O sistema defensivo da equipe é de se elogiar. É o melhor da competição, ao lado de Cruzeiro e Sport, com apenas três gols sofridos. O momento é tão animador que há quatro jogos a zaga não sabe o que é ser vazada, algo que não acontecia desde 2017, quando Milton Mendes era o dono da prancheta.
Invencibilidade também é fator positivo para o elenco vascaíno. A equipe está há nove jogos sem perder, com quatro vitórias e cinco empates. Nesse recorte, somou 17 dos 27 pontos disputados — cinco a menos que o líder Cruzeiro. Em São Januário a marca é ainda melhor, com quatro triunfos consecutivos diante do seu torcedor. Apesar do bom momento, o técnico Zé Ricardo presa pela cautela.
“Não podemos nos empolgar na vitória nem nos depreciar num resultado negativo. Esse grupo certamente está sendo criado numa situação especial, é um privilégio estar vivendo isso aqui no Vasco”, declarou.
Tensão no Imortal
O sentimento vascaíno é totalmente contrastante com o do Grêmio. O tricampeão da Libertadores entra em campo sem figurar entre as quatro primeiras colocações. Hoje, os gaúchos aparecem na quinta posição, com 13 pontos — dois a menos que o quarto colocado Sport — e estão há quatro partidas sem saber o que é vencer na segundona. Não ter vencido no mês de maio na Série B deixou o alerta ligado e colocou o Imortal e, principalmente, o técnico Róger Machado entre a cruz de malta e a espada.
Os desempenhos ruins, aliados ao jejum de vitórias e ao ataque pouco efetivo em maio, com apenas um gol marcado, deixam o treinador gaúcho na berlinda. O empate contra o Vila Nova em Goiânia quase resultou na interrupção do trabalho de Róger no Grêmio. Porém, ele seguiu e foi ao Rio com o grupo. Com conversas nos bastidores, a partida contra o Vasco será o catalisador para a permanência ou não dele no clube.
"A premissa do futebol é vencer e, quando não vencemos, com os maus resultados e momento de instabilidade, obviamente que a pressão aumenta. Mas faz parte. Só tem pressão dessa magnitude porque estamos defendendo uma camisa de peso", disse Róger Machado.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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