A primeira semifinal masculina de Roland Garros terminou de uma maneira não esperada. Ontem, o espanhol Rafael Nadal avançou à final após o alemão Alexander Zverev sofrer grave torção no tornozelo direito no fim do segundo set. Apesar do encerramento precoce da partida, com placar de 7/6 (10/8) e 6/6, o recordista de títulos do Grand Slam francês precisou ficar em quadra por 3h13min.
O jogo foi finalizado ainda no segundo set porque Zverev se machucou em cena forte ao tentar devolver a bola no fundo de quadra para evitar o tie-break. Ele caiu no chão e, entre lágrimas, precisou deixar a quadra em uma cadeira de rodas. "Ele teve muito azar hoje, fez uma grande campanha em Roland Garros e sei o quanto quer ganhar um Grand Slam", disse Nadal, ainda constrangido pela vitória por abandono.
"Difícil para eu falar qualquer coisa diante dessa situação. Todos sabem que era um sonho chegar a mais uma final de Roland Garros. Mas terminar dessa forma, ver ele chorando... Só desejo o melhor para ele também", disse. Antes da lesão, o jogo vinha sendo equilibrado, com chances para ambos.
Sob o teto fechado, em razão da chuva em Paris, Nadal e Zverev fizeram um duelo marcado pela irregularidade dos dois lados, principalmente no segundo set, com belos lances, mas também erros grosseiros e seguidas quebras de saque. Com a vaga de maneira não usual, Nadal vai, então, em busca do 14º troféu em Roland Garros e do 22º título de Grand Slam, feito que ampliaria um novo recorde.
Norueguês na final
Casper Ruud, de 23 anos, tentará impedir, no domingo. O norueguês chegou à inédita final de Grand Slam da carreira após superar o croata Marin Cilic, de virada, por 3/6, 6/4, 6/2 e 6/2 em dia de falha da segurança francesa que permitiu a invasão da quadra de uma jovem de 22 anos, vestindo uma camisa com os dizeres: we have 1208 days left (temos 1028 dias restantes), se amarrou na rede e protestou contra as condições climáticas.
Ruud é um azarão na decisão e um inimigo íntimo. Ele conhece muito bem alguns pontos fortes do ídolo Nadal por treinar na academia do astro espanhol algumas vezes por ano ao lado de seu pai. Justamente por esse fato, vem melhorando cada vez mais no saibro, também seu piso preferido, o que promete uma grande decisão.
Será o primeiro embate entre eles no circuito e Ruud não esconde sua admiração e inspiração pelo astro, a quem se espelha. "Eu era muito chorão quando criança. Contra isso, comecei a trabalhar para ser mais calmo em quadra. E me espelhei em Nadal, um cara que jamais desiste de lutar", afirmou, após o jogo.
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