Vai sobrar para a muralha da China...

Seleção corre contra o tempo para corrigir os erros de saque, determinantes para a derrota diante dos EUA. Meta é vencer adversário asiático, hoje, às 10h, no Nilson Nelson, e se despedir com autoridade da primeira semana da Liga das Nações

Arthur de Souza
postado em 12/06/2022 00:01
 (crédito:  Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

A jornada da Seleção masculina de vôlei na Liga das Nações teve seu primeiro grande desafio. Ontem, os comandados de Renan Dal Zotto enfrentaram a fortíssima equipe dos Estados Unidos. Assim como o Brasil, o rival estava invicto na competição. Em um jogo em que os erros de saque do Brasil chamaram atenção, os visitantes foram superiores e venceram por 3 sets a 1 (21/25, 27/25, 25/20 e 25/20).

Da mesma forma que nos dois primeiros jogos, o Brasil entrou em quadra com desfalques de peso. Renan ainda não pôde contar com os ponteiros Leal e Lucarelli — lesionados — que devem retornar somente na segunda etapa da Liga das Nações. Mesmo derrotado, o Brasil teve o maior pontuador da partida. Alan Souza terminou com 23 pontos. A seleção volta à quadra hoje, às 10h, no Nilson Nelson, para enfrentar a China, no último jogo em solo brasileiro nesta etapa.

Chamou a atenção a quantidade de erros de saque da Seleção Brasileira. Foram 22 pontos cedidos para os americanos nesse fundamento — quase um set inteiro. Lucarelli conversou com o Correio após a partida e comentou sobre o assunto. "Talvez (o saque tenha sido um fator fundamental). Nos momentos em que o nosso saque entrou, a gente conseguiu quebrar bem o passe do adversário", destacou. "Hoje (ontem) não foi o nosso melhor dia no saque e, atualmente, o voleibol se fundamenta muito nisso. O time que acerta mais, quase sempre, acaba tendo vantagem na partida", frisou o ponta.

Sobre a partida, Lucarelli considerou muito equilibrada. "Os EUA sempre foram um time muito difícil de bater, desde a época que eu entrei na Seleção. É uma equipe que sempre joga muito muito bem. Então, já imaginava que seria difícil", comentou. Ele também destacou as substituições feitas pelos americanos durante o confronto. "Eles fizeram algumas trocas e quem entrou jogou muito bem. Acho que isso pegou a gente um pouco de surpresa", observou. Em relação a sua lesão, Lucarelli afirmou que espera voltar na próxima etapa da Liga, na Bulgária. "Depende muito de como ela vai evoluir. Espero que nos treinamentos da próxima semana eu consiga fazer alguma coisa para, na Bulgária, estar apto para treinar e jogar", disse o ponteiro.

Sem tempo para lamentar

Além do saque, o capitão e levantador titular da Seleção Bruninho criticou o passe. "Nos primeiros dois sets, a gente conseguiu quebrar um pouco o passe deles e ter mais chances de contra ataque. A partir do terceiro set, eles começaram a ter o passe na mão e acabou facilitando o jogo ofensivo deles", destacou. Ele também apontou a defesa como ponto a ser melhorado. "Em alguns momentos, poderíamos ter feito melhor nesse quesito", confessou.

Bruninho, contudo, esclareceu que não há para lamentar. "Queríamos retribuir o carinho da torcida. Mas amanhã (hoje) já tem outra partida, não temos tempo para ficar remoendo esse resultado. A Liga das Nações é assim, um jogo atrás do outro", reforçou o capitão.

O levantador encerrou falando sobre a forte capacidade defensiva do adversário de hoje. "Acho que é meio que a tônica. O voleibol, em si, tem mudado e as equipes estão tendo muito volume de jogo. Então isso é uma coisa que vamos ter que nos habituar e ter paciência durante o jogo", concluiu.

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