Expressão francesa que indica a sensação de já ter visto ou vivido algum fato anteriormente, o déjà-vu é um dos ditos que representam bem o Choque-Rei de hoje entre São Paulo e Palmeiras, às 20h, no Morumbi. Tricolor e Verdão se encontram pela quarta vez em uma temporada que terminará com o total de sete clássicos entre os dois times tricampeões da América do Sul.
No esquenta para os duelos pelas oitavas de final da Copa do Brasil, o São Paulo recebe o Palmeiras para estender a invencibilidade em seus domínios. São 14 jogos sem saber o que é perder diante do seu torcedor, com 13 vitórias, um empate e apenas uma derrota. O último visitante indesejado no Morumbi foi justamente o Verdão, que venceu por 1 x 0 em março, pela fase de grupos do Paulistão.
Embora passe por boa fase jogando em casa, os comandados de Rogério Ceni se deparam com alguns fantasmas do Choque-Rei. O último encontro com o vizinho de muro resultou em uma das piores memórias de finais para o torcedor são-paulino. Após vencer o rival por 3 x 1 no jogo de ida da decisão estadual, o São Paulo foi dominado na volta no Allianz Parque e viu o bicampeonato escapar com goleada sofrida por 4 x 0.
O revés na final paulista não é o único trauma recente do São Paulo contra o Palmeiras. No ano passado, o time do Morumbi perdeu a chance de avançar às semifinais da Libertadores após empatar por 1 x 1 em casa e ser derrotado por 3 x 1 na casa palmeirense.
Uma vitória no clássico é fundamental para afastar a derrota para o Botafogo e o retrospecto de Z-4 em jogos fora de casa. Dos 21 pontos disputados, o Tricolor somou apenas cinco longe da capital paulista.
Além da preocupação de enfrentar o líder absoluto do campeonato, Rogério Ceni mostra passa por tormentos causados por desfalques. Para o clássico, o São Paulo não terá à disposição Gabriel Sara, Nikão, Talles Costa, Alisson , Moreira , Andrés Colorado e Caio, todos no departamento médico.
"É jogo duro. Vamos tentar recuperar os jogadores, mas não temos ninguém para voltar. que temos é isso aqui e vamos tentar recuperar para competir", disse Ceni.
No Palmeiras, o clima é leve. Apesar de o susto de ter saído em desvantagem contra o Atlético-GO, a equipe se recuperou e virou para 4 x 1 em sete minutos. A consistência da equipe passa pelas ideias do comandante Abel Ferreira. De contrato renovado, boa fase e liderança, ele garante que não trocaria o Verdão nem mesmo para substituir Tite na Seleção.
"Eu já sou treinador da seleção do Palmeiras. O que disse há um mês, é o que mantenho agora. Só saio do Palmeiras se me mandarem embora. E agora ficou mais caro me mandar embora", respondeu com bom humor.
* Estagiário sob a supervisão
de Danilo Queiroz
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