Fé nos pés e nas mãos dos protagonistas

Danilo Queiroz
postado em 05/07/2022 00:01
 (crédito:  JAVIER GONZALEZ TOLEDO)
(crédito: JAVIER GONZALEZ TOLEDO)

Muitas vezes, um resultado igual no futebol tem pesos diferentes. Após empatarem nos duelos de ida das oitavas de final da Libertadores, Atlético-MG e Corinthians ilustram o contraste. Hoje, às 19h15, o Galo receberá o Emelec, no Mineirão, depois de 1 x 1 no Equador. Às 21h30, o Timão encara o Boca Juniors, na Bombonera, depois do amargo 0 x 0 na Neo Química Arena. Os alvinegros paulista e mineiro compartilham da mesma missão. Porém, os meios para avançar colocam os times em encruzilhadas distintas.

O empate sem gols em casa deixou no Corinthians a impressão de que poderia ter feito mais. O alvinegro desperdiçou penalidade com Róger Guedes e deixou a definição para Buenos Aires, onde também ficou na igualdade na fase de grupos. Se repetido hoje, o resultado forçará definição na marca da cal. Com um a menos no Equador, o Atlético comemorou o 1 x 1 — apesar de Hulk também não ter aproveitado um pênalti no fim. O fato de poder acertar as contas em Belo Horizonte, onde tem ótimo aproveitamento, deixa a classificação em tons mais reais.

Para o Atlético, vencer em casa não soa como tarefa tão complexa. Nas 19 partidas como mandante em 2022, o Galo venceu 15, resultado que, se repetido, garantirá a classificação contra o Emelec. Foram, ainda, três empates. Se isso acontecer pela quarta vez, o torcedor mineiro presenciará disputa de pênaltis com o Emelec. A ingrata missão dos equatorianos é repetir o que apenas Tolima e América-MG fizeram nesta temporada. Sem ganhar dos mineiros, a chance de classificação para as quartas fica reduzida.

O tropeço diante do Tolima, na última rodada da fase de grupos, quebrou, inclusive, a invencibilidade de 18 jogos em casa, a maior da história da competição continental. O Galo esperava ter time completo, mas Ademir testou positivo para covid-19. "Não posso escolher nenhuma competição porque me exigem ganhar todas. Não podemos descartar. A exigência é total. Temos que competir em todas as situações. Sabemos que temos uma final na Libertadores e uma ainda maior contra o Flamengo (Copa do Brasil). Temos que ter a maior quantidade de gente recuperada", enfatizou o técnico Antonio Mohamed.

No Corinthians, há desafios múltiplos. O time paulista terá de ganhar dos argentinos na Bombonera — tarefa que somente cinco brasileiros cumpriram no torneio. O Boca está bastante fragilizado. Em casa, o rival tem um desempenho instável. São 18 jogos em casa e apenas oito vitórias, com mais sete empates e três derrotas, totalizando aproveitamento de 57,4%. Os dados dão aos paulistas o direito de sonhar com o feito necessário.

O Timão, porém, terá de lidar com desfalques. O meia Willian e o lateral-direito Fagner não devem jogar. Renato Augusto e Du Queiroz são dúvidas. A goleada contra o Fluminense também pesou. "Priorizamos o jogo contra o Boca. Tentamos colocar um ou outro jogador para dar tranquilidade à equipe, mas só podíamos arriscar 45 minutos. Senão, acumularíamos tempo, que nos afetaria. Não temos que ficar falando dessa derrota. Na Libertadores, não tem como recuperar. Vamos ver quais os jogadores disponíveis. Espero recuperar alguns deles para nos apresentarmos competitivos", avaliou o técnico português Vitor Pereira.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação