A queda de energia aos 44 minutos do segundo tempo que encerrou a partida entre Fortaleza e Palmeiras, no Castelão, ilustra bem o que foi a 16ª rodada do Campeonato Brasileiro: apagada e com pouquíssimo brilho dos protagonistas da principal competição do país. Caminhando para a reta final do primeiro turno, o torneio repetiu, em nove das 10 partidas disputadas, o menor índice de bolas nas redes desde o início da disputa, em abril: 18 até o momento.
Os milhões de torcedores espalhados pelo país aguardaram por uma rodada movimentada, com partidas intensas nas brigas por posições na tabela, principalmente nos tão comentados clássicos nacionais, como Corinthians x Flamengo, na Neo Química Arena, Atlético-MG x São Paulo, no Mineirão, além do confronto entre Fortaleza x Palmeiras, na capital cearense. No entanto, as expectativas não se concretizaram nos gramados pelo país.
Nem mesmo os donos dos melhores ataques da competição escaparam da rodada apática e com poucos gols. Com 27 marcados em 16 rodadas, o Palmeiras ficou devendo ao seu torcedor pela terceira vez no Brasileirão, no empate por 0 x 0 com o Fortaleza. O atual bicampeão da América repetiu o resultado sem bolas na rede nos duelos contra Flamengo e Atlético-MG.
Antes que as luzes se apagassem no Castelão, devido a um disjuntor que alimenta o estádio, Verdão e Leão fizeram uma partida de bastante equilíbrio. As duas equipes tiveram oportunidades de tirar o zero do marcador, mas esbarraram nas competências dos goleiros Weverton e Fernando Miguel. O empate sem gols impediu que o Palmeiras mantivesse a vantagem de três pontos em relação ao arquirrival Corinthians e que o Fortaleza deixasse a lanterna do Brasileirão.
Durante a paralisação de 30 minutos, o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, revelou que o clube não tem culpa no apagão. "O equipamento é de responsabilidade de manutenção do governo do estado. Existem problemas que precisam ser resolvidos. Também ficamos chateados, como mandantes. Cabe ao estado à manutenção. Um palco de Copa do Mundo, estádio com 60 mil lugares, não pode acontecer coisas assim", disse ao canal Premiere.
Em Belo Horizonte, o Atlético-MG fugiu do habitual e não foi competente para sair do zero diante do São Paulo. Hulk e companhia protestaram dois possíveis pênaltis que poderia ter mudado a história do jogo, mas o árbitro e o VAR não enxergaram elementos suficientes para caracterizarem supostas penalidades de Miranda no camisa 7 atleticano e de mão na bola do zagueiro Luizão. O resultado freou aquela que poderia ter sido a quarta vitória consecutiva do Atlético-MG no Brasileirão. O clube mineiro chegou aos 28 pontos e perdeu a chance de assumir a liderança do campeonato.
Diante da escassez de gols, Hulk não escondeu a frustração com as decisões da arbitragem comandada pelo gaúcho Anderson Daronco. "Sentimento de impotência, de não ter conseguido nossos objetivos. Lutamos até o final. Eu não vi as imagens ainda, mas, pelo menos no lance com o Miranda, foi 100% pênalti. No meu ponto de vista, foram dois. É difícil, eu por ser um cara fisicamente forte, sou muito prejudicado", desabafou Hulk na saída de campo ao Premiere.
* Estagiário sob a supervisão
de Danilo Queiroz
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