A terceira rodada do segundo turno do Campeonato Brasileiro começou com mais dois técnicos dispensados de seus ofícios: as derrotas para Atlético Mineiro e Fortaleza levaram as diretorias de Coritiba e Ceará, respectivamente, a demitir os técnicos Gustavo Morínigo e Marquinhos Santos. Ambos entram para a conta das trocas de treinadores na principal divisão do futebol nacional.
Ao longo de 22 rodadas, foram contabilizadas 13 baixas em 11 clubes diferentes. A média é de apenas 1,69 demissão por jogo: aproximadamente duas dispensas a cada três partidas jogadas disputadas na Série A. Em toda a temporada, são 25 substituições no cargo: índice superior ao número de times da elite protagonistas dessas mudanças.
Ex-técnico do Ceara, Marquinhos Santos foi retirado do cargo pela segunda vez neste Brasileirão. Antes, havia sido dispensado pelo América Mineiro na primeira rodada, após derrota para o Avaí. A instabilidade no comando prejudicou a campanha do Coelho na Libertadores. O time caiu na fase de grupos.
Marquinhos Santos se junta a Fábio Carille como recordista de demitidos na elite nacional nesta temporada. Outrora bem-sucedido no Corinthians, o atual técnico do Varen Nagasaki, da segunda divisão japonesa, não teve sucesso ao trabalhar no Santos e no Athletico Paranaense neste ano.
Técnicos demitidos no Brasileirão. Estrangeiros em destaque
- Marquinhos Santos (América Mineiro e Ceará)
- Alberto Valentim (Athletico Paranaense)
- Fábio Carille (Athletico Paranaense)
- Umberto Louzer (Atlético Goianiense)
- Antonio Mohamed (Atlético Mineiro)
- Gustavo Morínigo (Coritiba)
- Paulo Sousa (Flamengo)
- Abel Braga (Fluminense)
- Glauber Ramos (Goiás)
- Alexander Medina (Internacional)
- Eduardo Baptista (Juventude)
- Fabián Bustos (Santos)
Medalhões em alta
O maior vilão dos técnicos neste Brasileirão é o Athletico-PR. O Furacãao dispensou Alberto Valentim na abertura do campeonato e Carille na sequência. Hoje, conta com os serviços de Luiz Felipe Scolari, o Felipão.
A aposta por técnicos consagrados tem se tornado tendência nos grandes clubes da Série A. Mano Menezes é sexto colocado do Brasileiro com o Internacional. Dorival Júnior assumiu a vice-liderança na elite, é semifinalista da Libertadores e responsável por manter o Flamengo vivo nas quartas de final da Copa do Brasil.
A procura por treinadores renomados também é parte das necessidades de clubes da faixa inferior da tabela: pela primeira vez na zona de rebaixamento, o Coritiba (18º) fechou com Guto Ferreira como seu novo técnico. Sem clube desde junho, o novo professor do Coxa vem de bons trabalhos no Bahia e no Ceará, onde foi campeão da Copa do Nordeste em 2020.
Próximo do Z-4 e vindo de derrota no Clássico-Rei, o Ceará tem Vanderlei Luxemburgo na mira para assumir o elenco. Caso assuma o Vozão, “Luxa” voltará a trabalhar em um clube da Série A pela primeira vez desde 2020, quando deixou o Palmeiras. A escolha pelos chamados “medalhões” ganha força em um momento de baixa para técnicos estrangeiros: ao todo, cinco treinadores de fora do Brasil foram dispensados nesta temporada.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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