O Brasil volta à quadra nesta quinta-feira pelo segundo turno das Eliminatórias para a Copa do Mundo de basquete masculino de 2023, no Japão e Indonésia, com as finais nas Filipinas. O time está na primeira posição do Grupo F e enfrentará o anfitrião Porto Rico, às 21h10, na Arena San Juan. A partida terá transmissão ao vivo pela ESPN. O Correio Braziliense conversou com jogadores e um técnico que passou pela NBA sobre a expectativa para a partida.
Léo Meindl (ex-Phoenix Suns), Didi (Portland Trail Blazers), e Marcelinho (ex-Los Angeles Lakers) dizem estar esperançosos para os confrontos decisivos da última rodada das eliminatórias. Há um porém: nem todos os experientes na liga norte-americana terão a chance de representar a nação. O Brasil não poderá contar com Gui Santos (draftado pelo Golden State Warriors), Raulzinho (Cleveland Cavaliers) e Bruno Caboclo (Boston Celtics). Todos eles participam da pré-temporada da NBA. Entre os desfalques, Bruno Caboclo é o ala com maior índice de pontos (13,5) pelo Brasil.
Apesar dos problemas, o técnico Gustavo De Conti afirma que a ausência dos jogadores está longe de ser um empecilho para a Seleção. "Às vezes, um jogador é mais técnico e o outro é mais físico e uma situação compensa a outra. Estamos com um grupo ótimo. Contamos com quem está aqui para fazermos bons jogos”, pondera.
Gustavo acionou o aposentado Nenê durante alguns treinos para ajudar a aprimorar a equipe. Nenê serviu como coach da geração atual da Seleção. Experiente, ele defendeu o Brasil em duas Olimpíadas (2012 e 2016), no Mundial (2014) e foi campeão da Copa América em 2001.
Outra novidade, o capixaba Didi está de volta ao time. O atleta está atuando na liga norte-americana e ganhou a Summer League deste ano pelo Portland Trail Blazers. O ala-armador apresenta está confiante . "Expectativa é grande. Estou voltando à Seleção. Muito feliz pelo retorno. Espero que possamos fazer ótimos jogos e uma grande AmeriCup”, comenta.
Para o armador Marcelo Huerta, a Seleção conseguiu montar um bom repertório tático para a competição. "Nosso time tem um estilo de jogo implementado pela nossa comissão técnica. Trabalhamos para melhorar cada vez mais em todos os aspectos do jogo", diz, convicto.
O momento da Seleção é ótimo. São 11 pontos e cinco vitórias de seis partidas. O Brasil ocupa o topo da tabela do Grupo F. "Estamos trabalhando muito forte, assimilando tudo que o Gustavo tem nos passado para podermos ir bem nos dois jogos", afirma o ala Léo Meindl.
Mesmo com um elenco de peso, com sete referências na Europa, três com passagem pelos Estados Unidos e o reforço dos aposentados, o treinador tem as suas preocupações com Porto Rico.
“O nosso rival é uma seleção experiente, com muita qualidade, e jogando em casa se torna mais forte. Estamos em um momento decisivo das Eliminatórias e trabalhando para ir bem em todos os desafios que teremos pela frente”, alega De Conti.
Afinal, como funcionam as Eliminatórias?
Ao todo são 80 times que disputaram as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2023. O campeonatos é continentais (América (16), Europa (32), Ásia (16) e África(16)). No continente do Brasil são 16 países divididos em quatro grupos: A, B, C, e D. Só passaram os três primeiros colocados de cada grupo. Nesta fase, 12 seleções se distribuem em dois grupos de seis equipes (E e F) com jogos de ida e volta. Novamente, os três melhores de cada chave passam e o melhor quarto colocado também estará classificado, totalizando sete equipes da América. Na Europa se classificam 12, África cinco e Ásia seis. Vale lembrar que Japão e Filipinas já estão com um lugar para a competição, somando serão 32 nações na Copa do Mundo.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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