Depois de dois anos, São Paulo e Flamengo voltam a competir na noite desta quarta-feira por uma vaga na Copa do Brasil. Na edição de 2020, tricolores e rubro-Negros disputaram acesso às semifinais. Agora, duelam por um lugar na finalíssima do segundo torneio mais importante no calendário da CBF.
Os times conseguiram classificações apertadas. Os rivais de logo mais passam por momentos positivos e semelhantes: salvo a diferença no Campeonato Brasileiro, ambos sonham, também, com as finais da Copa Sul-Americana e da Libertadores. Porém, chegada a hora de a bola rolar, a vontade de chegar mais perto do título pode fazer toda a diferença: o São Paulo deseja o primeiro título do torneio e o Flamengo vai pelo tetracampeonato. Seria o primeiro título nacional desde o Brasileirão 2020.
Os times vêm de jogos duros. No último fim de semana pelo Brasileiro: o São Paulo foi à Vila Belmiro com time misto e perdeu por 1 x 0 para o Santos. Dos possíveis titulares de logo mais, o goleiro Jandrei, o zagueiro Miranda, o meia Igor Gomes e o atacante Luciano entraram em campo. O Flamengo também utilizou os suplentes em boa parte do último confronto, o empate por 1 x 1 contra o Palmeiras, no Allianz Parque. Jogadores como os atacantes Pedro e Gabigol, o volante Vidal e os meias Arrascaeta e Everton Ribeiro entraram durante o segundo tempo. David Luiz e João Gomes começaram como titulares.
O Correio Braziliense apresenta agora cinco motivos para são-paulinos e flamenguistas crerem na classificação a partir do jogo desta noite, no Estádio do Morumbi.
São Paulo: motivos tricolores
1 — A cereja do bolo
A Copa do Brasil é uma obsessão tricolor: o time do Morumbi luta pela única taça que não dispõe em sua rica e numerosa sala de troféus. Para voltar a disputar a final, como em 2000, a vontade em ter o título da copa milionária deve contagiar os jogadores são-paulinos, bem como entender que faria muito bem à saúde econômica do clube dispor dos R$ 60 milhões de premiação.
2 — Retrospecto favorável
O São Paulo domou o Flamengo nos últimos 15 jogos: são seis vitórias, cinco derrotas e mais quatro empates. Num recorte jogando no Morumbi, eram três vitórias e dois empates de 2017 até o ano passado, quando o rival carioca desta noite voltou a vencer um jogo do Brasileirão em São Paulo. Com isso, o retrospecto é outro fator favorável, em um estádio lotado como deve estar a casa tricolor.
3 — Começo com o pé direito
O Morumbi é um trunfo fundamental para o São Paulo nas classificações recentes em copas. Para chegar às semifinais, o time sofreu em Belo Horizonte frente ao América Mineiro, mas passou graças a uma vitória como mandante no jogo de ida. Pela Sul-Americana, contra o Ceará, o confronto só foi aos pênaltis no Castelão, com triunfo são-paulino, por causa da vantagem conseguida no Cícero Pompeu de Toledo, por 1 x 0.
4 — Tricolor mais copeiro
Se tem algo que o time de Rogério Ceni soube ao jogar os mata-matas neste ano, isto foi sofrer quando precisa. Claro que não é opção necessariamente esperar um adversário como o América encostar no placar. Não dar brechas para a impotência e a submissão foi essencial para as classificações recentes do tricolor: o caráter copeiro está sendo passado pelo técnico que tanto conquistou em outras copas pelo time da Barra Funda.
5 — Voltar à final
Para sonhar com o título é necessário mexer no baú de memórias: o time do Morumbi só jogou a final uma vez, quando perdeu o título para o Cruzeiro, em 2000. De tão perto do título como no jogo final no Mineirão, o tricolor soma mais de duas décadas longe da decisão da copa nacional, incluindo um período de sete anos sem jogá-la, por causa da regra que impedia o clube de competir ao mesmo tempo em que participava da Libertadores no calendário anual.
Flamengo: motivos rubro-negros
1 — Futebol de luxo
Há exatos 33 dias o Flamengo conhecia sua última derrota: foi no jogo da 16ª rodada do Brasileirão, quando os reservas caíram por 1 x 0 contra o Corinthians, na Neo Química Arena. De lá para cá, foram 10 vitórias e dois empates, com um total de 88% de aproveitamento. Considerando a bola na rede, são 26 gols pró e apenas três sofridos.
2 — Profundidade no elenco
A estabilidade do time também se deve à necessidade e correspondência de seus suplentes quando exigidos: a equipe B rubro-negra tem colaborado de forma fundamental na rodagem do time de Dorival Júnior. Exemplo disso é a resistência do Flamengo diante ao Palmeiras em mais de uma hora de jogo, no, Allianz Parque. O time vencia o confronto direto entre as equipes na luta pelo título do Campeonato Brasileiro e sofreu o empate.
3 — A todo ritmo
Considerando apenas o mês de agosto, o Flamengo está praticamente impecável dentro de campo: são seis jogos, cinco vitórias, um empate, classificação para as semifinais da Copa do Brasil e da Libertadores e consolidação na parte alta da tabela do Campeonato Brasileiro. É rigidamente sólido na defesa (apenas um gol sofrido) e prático no ataque (12 gols anotados, com média exata de dois por jogo).
4 — Voltar a ser campeão
O rubro-negro deseja voltar a gritar campeão em um troféu dessa magnitude, sobretudo pela distância desde o último título na Copa do Brasil. Em 2013, bateu o Athletico Paranaense na final. Em títulos nacionais, o Flamengo pode ir atrás do quarto título. A conquista seria a primeira em dois anos. Na história recente da Copa do Brasil, o time ainda teve um vice-campeonato em 2017, ao perder para o Cruzeiro.
5 — Sem medo do Morumbi
Passada a sequência negativa de quase uma década sem vencer no Morumbi (desde 2011), o Fla conseguiu dois triunfos consideráveis nas últimas duas oportunidades em que visitou o tricolor na capital paulista: em confrontos do Campeonato Brasileiro (incluindo vitória recente, pela 21ª rodada, no último dia 6), o rubro-negro soma um agregado de 6 x 0 contra o São Paulo no papel de visitante.
Ficha técnica
São Paulo x Flamengo
O que está em jogo: Semifinal da Copa do Brasil (ida)
Onde: Estádio do Morumbi (São Paulo)
Quando: Quarta-feira (24/8), às 21h30
Transmissão: Globo e SporTV
Prováveis escalações:
São Paulo
Jandrei; Reinaldo, Diego Costa, Léo e Rafinha; Igor Vinicius, Igor Gomes, Pablo Maia e Rodrigo Nestor; Calleri e Luciano
Técnico: Rogério Ceni
Flamengo
Santos; Rodinei, David Luiz, Pablo e Filipe Luís; Arturo Vidal, João Gomes, Everton Ribeiro e Arrascaeta; Gabi e Pedro
Técnico: Dorival Júnior
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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