CAMPEONATO CANDANGO

SESP/Samambaense demite treinador durante intervalo de derrota na Segundinha

Insatisfeito com o desempenho do técnico Marcos Sidnei, presidente da Pantera não esperou nem mesmo o fim do jogo para dispensar o profissional. "Quando aconteceu o gol, na mesma hora passei mensagem no celular dele: ‘está demitido, acabou para ti’"

O futebol brasileiro é conhecido, entre outros aspectos, por ser uma imparável guilhotina de treinadores. O SESP/Samambaense, porém, foi ainda mais imediatista no momento de decidir pela saída do técnico Marcos Sidnei. Insatisfeito com o trabalho do profissional no início da caminha na Segunda Divisão do Campeonato Candango, a Pantera optou por uma ruptura um tanto quanto instantânea e informou a demissão ao comandante durante o intervalo da derrota diante do Grêmio Valparaíso, por 1 x 0.

De acordo com Gerson Carvalho, presidente do SESP/Samambaense, o “aviso prévio” da decisão havia sido informado a Marcos Sidnei antes da partida começar. A motivação do alerta era o desempenho instável nas rodadas anteriores da Segundinha, quando a equipe acumulou um empate na estreia diante do Cruzeiro-DF e uma derrota para o Planaltina. No tropeço anterior à demissão, a Pantera vencia por 2 x 1 até os acréscimos do segundo tempo, quando tomou a virada ao sofrer dois gols em poucos minutos.

As decisões do treinador na escalação para o jogo com o Greval e o gol sofrido no primeiro tempo tiraram de vez a paciência do mandatário. Apesar da demissão no intervalo, Marcos precisou comandar o time durante o segundo tempo da partida no Estádio Rorizão, em Samambaia. “Nós pedimos para o Sabará (o agora novo técnico do SESP/Samambaense) informar, mas não podíamos tirá-lo durante o jogo. Optamos por deixar até o final, mas ele está sabendo”, explicou Gerson, ao Correio.

“Quando aconteceu o gol, na mesma hora passei mensagem no celular dele: ‘está demitido, acabou para ti’”, narrou o presidente. O mandatário do clube ainda disparou contra as escolhas do técnico na montagem do time titular contra o Greval. Uma delas foi a troca de goleiros. “Antes do jogo, eu tinha falado com ele. Mas foi teimoso demais e não quis ouvir. Ele entrou todo errado. Escolheu o goleiro dele, o Guilherme. Entrou com alguns jogadores dele e deixou os principais no banco para fazer raiva. Hoje, está demitido ele e o goleiro”, disse.

Sem conquistar nenhuma vitória em três rodadas disputadas na Segundinha, o SESP/Samambaense cultiva poucas esperanças de conseguir uma classificação para as semifinais da divisão de acesso. Com apenas um ponto somado, a Pantera está cinco atrás do Planaltina, o atual segundo colocado do Grupo A, restando apenas três rodadas para o fim da fase de classificação. Com Sabará no comando, o time volta a campo no sábado (13/8), às 15h30, contra a Aruc, no Municipal de Alexânia.