Futebol europeu

Diego Costa, Willian e Andreas fazem bate-volta do Brasil para a Europa

Ex-Atlético-MG, o centroavante campeão do Brasileirão e da Copa do Brasil em 2021 é mais um medalhão que não se firmou no futebol brasileiro e decidiu voltar a uma liga europeia de ponta

Paulo Martins*
postado em 12/09/2022 15:23
Diego Costa foi anunciado nesta segunda pelo Wolverhampton 10 meses depois de deixar o Atlético-MG -  (crédito: Divulgação/Wolverhampton)
Diego Costa foi anunciado nesta segunda pelo Wolverhampton 10 meses depois de deixar o Atlético-MG - (crédito: Divulgação/Wolverhampton)

O Wolverhampton anunciou nesta segunda-feira (12/9) o atacante brasileiro (naturalizado espanhol) Diego Costa. Sem clube desde a saída do Atlético Mineiro, o centroavante jogará no futebol inglês pela segunda vez na carreira. Ele defendeu o Chelsea de 2014 a 2018. O jogador torna-se mais um a ir para a ilha britânica após ter saído de forma controversa do futebol brasileiro, a exemplo de Willian (ex-Corinthians) e Andreas Pereira (ex-Flamengo).

Findado o vínculo com o Atlético de Madrid em 2021, Diego Costa veio ao futebol brasileiro para integrar aquele que viria ser um dos melhores times da história do Galo. Porém, ao contrário do que se esperava, o sergipano não conseguiu agregar ao time titular dominado por Hulk, Eduardo Vargas, Nacho Fernández e companhia. As lesões, sobretudo, atrapalharam atrapalharam a passagem dele pelo clube.

Com a camisa atleticana foram apenas 19 jogos em quatro meses: participação em 59% dos jogos e cinco gols com mais uma assistência nas campanhas do bicampeonato da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro, bem como no terceiro lugar na Libertadores. Em 2022, entretanto, o atleta ainda não performou e pode estrear pelos Wolves contra o Manchester City, em casa, neste sábado (17), às 8h30 (de Brasília).

Reincidência na mecânica de mercado

Os times ingleses de meio de pelotão encontram em bons jogadores, como Diego Costa, uma forma de se fazerem um pouco mais fortes diante da luta contra os papões do chamado big six: Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham. 

Vizinhos dos Gunners, dos Blues e Spurs em Londres, o Fulham foi o que mais agiu neste contexto. Primeiro, a equipe foi atrás de Andreas Pereira, quando este jogava no Flamengo emprestado pelo Manchester United. O belga naturalizado atuou surpreendentemente bem e foi cogitada a contratação definitiva (ainda que a valores altos). Possivelmente, o atleta permaneceria na Gávea não fosse o erro fatal que entregou a Deyversson o gol do título da Libertadores em 2021.

O brasileiro que mais recentemente agregou-se à equipe londrina foi Willian. O atacante não satisfez a Fiel quando esteve em solo nacional. Egresso do Arsenal, fez 36 jogos pelo Timão com quatro assistências e um gol. Alguns mal-entendidos (incluindo a gravidade de ameaça de morte à família) pesaram para que o jogador voltasse ao Velho Continente.

Ideia que segue

Este novo movimento de mercado, inclusive, faz do futebol brasileiro uma vitrine para o mundo: consagrado no Fluminense e no Palmeiras, Gustavo Scarpa nunca esteve no futebol europeu, mas tem pré-contrato assinado. Como a diretoria alviverde não procurou renovar o vínculo com um de seus principais meio-campistas, o Nottingham Forest agiu rapidamente para ter o jogador a partir de dezembro deste ano.

Pelo Palestra, Scarpa anotou 10 gols e 10 assistências na atual temporada, além de ser uma das figuras dos títulos da Copa do Brasil de 2020, do bicampeonato da Libertadores em 2020 e 2021, além de ser o principal jogador durante a campanha que guia a equipe rumo a mais um título do Campeonato Brasileiro.

* Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima 

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