EXTRACAMPO

Rafael Ramos é absolvido pelo STJD em caso de injúria racial

Os auditores avaliaram que as perícias apresentadas durante o processo foram inconclusivas quanto à expressão "macaco", alegada por Edenilson, do Internacional

Victor Parrini *
postado em 13/09/2022 16:21
 (crédito: Reprodução/Premiere)
(crédito: Reprodução/Premiere)

O lateral-direito do Corinthians, Rafael Ramos, foi absolvido, nesta terça-feira (13/9), pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), da acusação de injúria racial contra o meia Edenilson, do Internacional, na partida entre os dois times em 14 de maio, no Estádio Beira-Rio, pelo Campeonato Brasileiro. 

Após pouco mais de três horas de julgamento da 2ª Comissão Disciplinar da corte desportiva, o português foi absolvido por unanimidade, com cinco votos a zero. Os auditores avaliaram que as perícias apresentadas durante o processo foram inconclusivas quanto à expressão "macaco", alegada pelo meia Colorado. 

Em nota, a equipe do Parque São Jorge se manifestou sobre a decisão. "O Corinthians reforça o seu compromisso na luta contra o racismo. Desde o início, o clube deu todo o suporte necessário a Ramos e, agora, deseja uma sequência plena nas carreiras desportivas de ambos os atletas", diz trecho.

Com base no artigo 243-G do Código Brasileira de Justiça Desportiva (CBJD), Rafael Ramos poderia ser punido de cinco a 10 jogos de suspensão, além do pagamento de multa de até R$ 100 mil. 

Apesar do desfecho positivo para o corintiano, a decisão é passível de recurso. Segundo informação do ge.globo, o clube gaúcho e o advogado esperarão a comunicação por escrito para avaliar se recorrerão ou não. 

Relembre o caso

Durante o empate por 2 x 2 entre Internacional e Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro, o meia Edenilson acusou Rafael Ramos de chamá-lo de "macaco" após disputa pela bola. O jogo chegou a ficar paralisado por alguns minutos para análise do caso, que seguiu após o apito final. Ainda no Beira-Rio, o lateral alvinegro foi deito em flagrante e só foi liberado após o pagamento de fiança de R$ 10 mil.

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul analisou o lance, mas, em nota, afirmou que não foi possível constatar a injúria. O resultado desagradou o meia gaúcho, que se manifestou nas redes sociais. "Não iriam nos calar? Já nos calaram. Se ofendidos aceitem, engulam a seco. Finjam que não escutaram, é uma luta desleal, é uma luta inconclusiva", desabafou.

*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima

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