Assim como outros grandes times do futebol brasileiro, o Palmeiras enfrentou problemas relacionados à venda ilegal de ingressos neste ano. Principalmente nos jogos de maior apelo, os torcedores alviverdes alegam dificuldades para encontrar entradas nos serviços oferecidos pela instituição. Para combater os cambistas e modernizar o acesso ao Allianz Parque, o clube deseja colocar em prática o modelo de reconhecimento facial e, para isso, vai realizar alguns testes antes de tomar uma decisão final.
A princípio, existia possibilidade de o Palmeiras testar o sistema em uma partida do Brasileirão, mas tal intenção foi descartada. Campeão brasileiro, o time alviverde faz apenas mais uma partida como mandante. Será na próxima quarta-feira, dia 7, quando os jogadores vão receber o troféu pela conquista antecipada. O clube optou por realizar os testes na sede social, ainda neste mês de novembro.
"Em meados de novembro vamos instalar o equipamento no clube social para realizar testes. E no Paulistão já teremos esse equipamento. Ele será extremamente importante. Só assim para combater o cambismo. Isso é uma falta de respeito ao torcedor. Ele colabora e é prejudicado por essa conduta criminosa. Com o reconhecimento facial resolvemos isso", afirmou Leila Pereira, presidente do Palmeiras, durante evento do Campeonato Paulista nesta semana.
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Em setembro, o Palmeiras expulsou 200 cambistas do programa de sócio-torcedor e solicitou à Polícia Civil a abertura de um inquérito para investigar os infratores. Além disso, antes da partida contra o Athletico-PR pela semifinal da Copa Libertadores, diversos criminosos que vendiam ingressos ao redor do estádio tiveram os bilhetes apreendidos e precisaram prestar depoimento na delegacia. Apesar disso, ainda existem torcedores vendendo ingressos pelas redes sociais, sem qualquer constrangimento.
Atualmente, os torcedores do Palmeiras devem passar um código de barras nas catracas para entrar no Allianz Parque. Com a dificuldade de identificação na chegada dos fãs ao estádio, o cambismo castiga o time e os apoiadores. Entretanto, o clube entende que o sistema de reconhecimento facial, que é inédito na América do Sul, acabará com o esquema.
Para Samuel Ferreira, CEO da Meep, empresa de meios de pagamento que atendeu ao Allianz Parque e ao Mineirão, e será responsável por todo sistema de atendimento e pagamentos da Arena MRV, futuro estádio do Atlético-MG, é fundamental deixar o consumo mais simples e fácil no momento de fidelizar os consumidores. Além disso, os clubes devem garantir segurança no processo de compra dos clientes.
"A biometria facial é uma tecnologia de ponta extremamente fácil e de grande agilidade. Eventualmente no cenário dos clubes ela é uma ótima estratégia para otimizar o tempo e segurança dos torcedores, além de promover uma experiência única para qualquer consumidor que a adquira que estará presente no futuro dos eventos esportivos", explicou Samuel.
Entre os grandes clubes brasileiros, o Internacional é um dos clubes que já vem fazendo estudos e trabalhando para adotar uma tecnologia mais avançada no Beira-Rio, mas no modelo de biometria. "Estudamos para o próximo ano a implementação de leitura facial em alguns setores mais nobres do estádio", comenta Victor Grunberg, vice-presidente de administração e patrimônio do Internacional.
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