Craques da Copa 2022

Harry Kane e a representação na nova geração inglesa para a Copa

Após marcar seis gols em 2018, na campanha do quarto lugar, o "centroavante-furacão" deseja dar o segundo título mundial para seu povo

Paulo Martins*
postado em 16/11/2022 19:00
 (crédito: Arte/AFP)
(crédito: Arte/AFP)

Centroavante multifuncional, líder e capitão são apenas algumas das características de Harry Kane. O atacante de 29 anos vai para sua segunda Copa do Mundo no Qatar, em 2022, com a responsabilidade pessoal e coletiva de dar ao English Team (“Time Inglês”) o seu segundo Mundial da história depois de 56 anos.

Dono da clássica camisa de goleador, a de número nove, desde os tempos da seleção de base, o londrino procura marcas para além do pessoal ao tentar seu primeiro troféu de campeão. Colecionador de honras pessoais como a artilharia de competições e conquistas de jogador do ano, “Hurrikane”, um trocadilho britânico para a palavra ‘furacão’ devido à eficácia frente ao gol, não sabe como é levantar uma taça ao final de um duelo glorioso.

A sina vem de clube, desde a base do Tottenham, incluindo as passagens por empréstimo em outros clubes da Inglaterra. Sua evolução em desempenho veio a partir de sua permanência definitiva nos Spurs, na temporada 2013/2014. Seu valor de mercado à época representava apenas 3% da cotação atual.

Harry Kane não deixou sua equipe, à qual o formou desde a base, mesmo sendo cotado para sair da capital inglesa. O centroavante foi artilheiro de três das últimas sete edições da Premier League: na mais recente delas, em 2020/2021, o Furacão marcou 23 gols e 14 assistências em 35 jogos, representando 1,05 participação direta em tentos do Tottenham por compromisso.

Com a camisa dos Three Lions (“Três Leões”, referência ao brasão do selecionado inglês) sua forma também impressiona. Desde sua estreia, em 2015, o atacante colocou 51 bolas na rede em 75 partidas. Foi destaque nas recentes campanhas da Eurocopa de 2021 e da Copa do Mundo de 2018, e ainda um novato, praticamente, na eliminação da Euro 2016 diante da Islândia, quando os bretões se viam em fase de transição.

Figura na remodelação, Kane abriu espaço para a vinda da nova safra no selecionado agora comandado por Gareth Southgate, em uma ligação que vai para a segunda tentativa de tentar “trazer o futebol para casa”, tema do vice-campeonato europeu diante da Itália.

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Confira cinco curiosidades sobre Harry Kane:

1 - Artilheiro, mas nunca campeão — Além da Copa do Mundo de 2018 e de três temporadas do Campeonato Inglês, o jogador dos Spurs também teve a artilharia de uma edição da Liga Europa e das eliminatórias para a Eurocopa. Mesmo com vida tão goleadora, nenhuma campanha surtiu efeito e Kane bateu na trave em várias vezes, como no vice da liga local contra o Leicester, em 2016, e na Liga dos Campeões 2018/2019 contra o Liverpool.

2 - Amigo na derrota — Nos pênaltis, em Wembley, Marcus Rashford, Jadon Sancho e Bukayo Saka desperdiçaram suas cobranças e deram o título à Itália na Euro 2021. Harry defendeu os colegas, duramente atacados nas redes sociais: “Três rapazes brilhantes que tiveram a coragem de dar um passe à frente para bater pênaltis decisivos. Se você abusa de alguém nas redes sociais, você não é um torcedor da Inglaterra e nós não queremos você”, apontou em redes sociais.

3 - Matador no nacional — Ao balançar as redes por 195 vezes em 297 partidas, o Furacão é o terceiro maior artilheiro da era moderna da Premier League, remodelada na temporada 1992/1993. À sua frente estão Alan Shearer, com 260 tentos, e Wayne Rooney, com 208 unidades.

4 - Ausente no último mata-mata — Por incrível que pareça, o camisa nove inglês marcou apenas um gol depois da fase de grupos na Rússia, em 2018, no polêmico duelo diante da Colômbia, nas oitavas de final. Antes disso, foram dois frente à Tunísia, na estreia, e um hat-trick na goleada por 6 x 1 diante do Panamá.

5 - A fidelidade pode custar ao bolso — Há quatro anos, um dos maiores atacantes do mundo atual chegava à sua maior cifra de valor na carreira, avaliado em cerca de 150 milhões de euros. Sua permanência no Tottenham, entretanto, defasou seu nível de mercado com uma queda aproximada de 40% atualmente, sendo taxado hoje por volta de 90 milhões de euros.

* Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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