Grupos C e D

Mbappé e Messi alcançam marcas históricas na Copa do Mundo do Catar

Esperanças de França e Argentina, Mbappé e Messi balançam as redes e alcançam marcas imponentes. O jovem se tornou o segundo maior artilheiro dos Bleus em Copas, enquanto a Pulga igualou-se a Maradona em gols e partidas

VICTOR PARRINIMARCOS PAULO LIMAEnviado Especial
postado em 27/11/2022 06:00
 (crédito:  AFP)
(crédito: AFP)

Lusail — Kylian Mbappé e Lionel Messi são muito mais que jogadores de futebol. Na Copa do Mundo Qatar-2022, eles são os principais representantes de duas grandes e exigentes nações. Separados pelo amor às pátrias, os companheiros de Paris Saint-Germain se uniram, ontem, para fazer história com as camisas de suas seleções na competição mais importante do planeta bola.

O francês e o argentino têm motivos de sobra para comemorar. As vitórias sobre Dinamarca e México renderam marcas importantes, digna dos maiores ídolos dos dois países. Se os atuais campeões estão garantidos nas oitavas de final com uma rodada de antecedência, é porque Kylian Mbappé interveio na causa. O duelo contra os dinamarqueses caminhava para o empate até que, aos 40 minutos, a estrela do camisa 10 brilhou para decretar o triunfo por 2 x 1.

Com os dois gols no confronto diante dos dinamarqueses, Mbappé chegou a sete bolas na rede em Copas do Mundo e desbancou ninguém menos que o ex-atacante Thierry Henry, campeão mundial pela seleção francesa em 1998. Agora, o fenômeno de apenas 23 anos ostenta o posto de segundo maior artilheiro do país no torneio, atrás somente Just Fontaine, com 13.

Mbappé é um craque precoce. O par de gols na nona exibição em mundiais credencia o camisa 10 do técnico Didier Deschamps como o segundo jogador a vazar as defesas adversárias sete vezes ou mais antes de completar 24 anos. O dono do recorde é um tal de Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé. O Rei do Futebol alcançou o feito aos 21, contra o Chile, na Copa do Mundo de 1962.

"Ele (Mbappé) é um jogador fora de série. Tem a capacidade de fazer a diferença e de ser decisivo, mesmo que o adversário mude o estilo de jogo. Ele é uma locomotiva. A França precisa de um Kylian que jogue muito bem", ressaltou Didier Deschamps.

Mbappé deixou de ser promessa para se tornar realidade. Não demorará para chegar ao patamar de lenda.

Enquanto Mbappé caminha para ser um dos gigantes da história das Copas e do futebol, Messi vive os últimos momentos no torneio com afinco pelo título e pelas marcas. Ontem, a Pulga voltou a ser decisiva e evitou a eliminação precoce na fase de grupos, assim como nas edições de 1958, 1962 e 2002.

Desajustada emocionalmente, a Argentina entendeu que a vitória era o único caminho e dominou a partida contra o México. A Argentina não, Lionel Messi. A canhota do gênio emendou um chute rasante indefensável para o veterano goleiro Ochoa. Um pouquinho de espaço foi suficiente para ele levantar o lado alviceleste no Estádio Icônico de Lusail e transformá-lo em Monumental de Núñez, em Buenos Aires.

Foi como acionar o botão mute do até então pilhado lado azteca. Messi igualou a marca do maior argentino que já passou pelos gramados: Diego Armando Maradona. Messi chegou a 21 partidas e oito gols, alcançando o patamar do antecessor da camisa 10, que balançou as redes em 1982, 1986,1990 e 1994. Agora, faltam dois para a maior esperança pelo tricampeonato alcançar os 10 de Batistuta. Será nesta Copa ou nunca mais.

"A vitória foi um alívio para todo o vestiário e uma grande alegria. Espero que a torcida siga confiando. Hoje mostramos a união que temos. Sabíamos que seria desta maneira e mostramos que estamos preparados para lutar. Quando estamos unidos, mostramos que conseguimos coisas lindas", disse o hermano.

Apenas um feito separa Messi do "Dios" Maradona e apimentará de vez a discussão sobre quem foi maior ou melhor com a camisa alviceleste: o título da Copa do Mundo.

 

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