FUTEBOL

Após prisão por suspeita de agressão sexual, Pumas rescinde com Dani Alves

Presidente do Pumas confirmou a decisão em coletiva de imprensa. Demissão por justa causa ocorre após o brasileiro ser preso em Barcelona por suposto envolvimento em um caso de agressão sexual

Danilo Queiroz
postado em 20/01/2023 18:26 / atualizado em 20/01/2023 18:31
 (crédito: Daniel Leal-Olivas/AFP)
(crédito: Daniel Leal-Olivas/AFP)

Detido em Barcelona, na Espanha, por suspeita de agressão sexual contra uma mulher, o lateral-direito Daniel Alves viu o caso impactar de forma negativa em sua carreira profissional. No início da noite desta sexta-feira (20/1), o Pumas — clube mexicano defendido pelo brasileiro desde o segundo semestre de 2022 — decidiu rescindir o vínculo de trabalho com o atleta por justa causa.

A decisão foi anunciada presidente do clube mexicano, Leopoldo Silva, em coletiva de imprensa. "Com as informações ocorridas hoje no processo judicial que enfrenta o jogador Daniel Alves e pelo qual se encontra detido em Espanha, decidimos comunicar o seguinte: o Clube Universitário toma a decisão de rescindir o contrato, por justa causa, a partir desta data", informou.

"O Clube Universitário Nacional é uma instituição que promove respeito, integridade, comportamento digno e profissional dentro e fora do campo de seus jogadores e jogadores e eles são um modelo na sociedade no México e em qualquer lugar do mundo. Não podemos permitir a conduta de uma pessoa prejudicar nossa filosofia de trabalho que tem sido um exemplo ao longo da história na formação e desenvolvimento de jovens atletas em nosso país", prosseguiu o dirigente.

No início da tarde, o time mexicano havia publicado um comunicado em seu site oficial. No posicionamento, o Pumas garantiu estar a par da situação envolvendo o brasileiro e prometeu “ações e sanções” dentro da possibilidade contratual “conforme estabelecido no contrato de trabalho celebrado com o atleta, bem como no Regulamento Interno de Trabalho.”

Mais cedo, a Liga MX também disse estar avaliando o futuro do lateral-direito brasileiro no futebol mexicano em comunicado divulgado antes ordem de prisão preventiva. “A respeito do caso do jogador, a LIGA MX informa que, em conjunto com o Club Universidad Nacional Pumas, ficará pendente o caso e a situação legal do jogador para determinar o que é propício em termos de sua participação na Liga”, informou.

O caso

Em 2 de janeiro, uma mulher registrou um boletim de ocorrência afirmando ter sofrido toques indesejados do jogador. Os fatos teriam ocorrido em uma boate de Barcelona na noite de 30 para 31 de dezembro, segundo a imprensa local. Dani Alves estava de férias na cidade antes de voltar para o Pumas, do México, após disputar a Copa do Mundo no Catar com a Seleção Brasileira e ser eliminado nas quartas de final.

Em uma mensagem transmitida ao canal Antena 3, em 5 de janeiro, o brasileiro confirmou a presença na boate para se divertir”, mas sem “invadir o espaço dos outros". Ele negou os acusações de assédio sexual. "Não a conheço, nunca a vi", disse ele sobre a denunciante. Nesta sexta-feira (20/1), antes de ser preso, Dani Alves deu um depoimento à justiça espanhola de forma espontânea.

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