O Circuito Mundial de Surfe começa em Pipeline, no Havaí, neste domingo, com uma temporada que promete ser especial para os brasileiros. Nada menos do que 11 atletas do país disputarão o título e tentarão manter o surfe nacional no topo. Mais do que coroar o melhor do mundo, o torneio também terá um atrativo especial: definirá a dupla de brasileiros que estará nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
O nível do circuito deverá ser um dos mais altos de todos os tempos, uma vez que reunirá cinco campeões mundiais entre os homens e três na disputa feminina. A lista inclui os brasileiros Filipe Toledo, Gabriel Medina e Ítalo Ferreira. "Fico feliz em estar todo mundo no tour (circuito). Acho que este ano será muito competitivo e realmente com os melhores", considerou Medina.
Foi em Pipeline que o brasileiro conquistou os dois primeiros títulos, em 2014 e 2018, e o início do circuito por lá serve como inspiração. "Estou feliz de estar no Havaí. Para mim, é um ano muito especial. Quero ir bem, é ano de classificação à Olimpíada. Quero mais um título mundial", afirmou Medina. "Mentalmente, estou bem, preocupado só em surfar, divertir-me dentro da água e dar orgulho ao nosso país."
Classificatório
Outro atrativo do circuito este ano é a corrida por uma vaga em Paris-2024. Dos 48 atletas que disputarão as medalhas do surfe no próximo ano, 18 serão definidos pelo ranking do Circuito Mundial nesta temporada, sendo 10 entre os homens e oito entre as mulheres. Vale lembrar que o torneio de surfe dos Jogos Olímpicos será disputado em Teahupoo, no Taiti, local da última etapa deste ano.
Atual campeão mundial, Filipe Toledo vai em busca do bi e, também, da vaga nos Jogos de Paris. Ele não esconde que disputar uma medalha olímpica é um dos principais objetivos da carreira. "É o nível máximo para um atleta de alta performance e é mais um sonho que quero conquistar. Vou focar no circuito e ir em busca do bicampeonato. A vaga nos Jogos Olímpicos será uma consequência", considerou.
Feminino
Tatiana Weston-Webb será mais uma vez a representante do Brasil no circuito. Quarta colocada no ranking mundial, ela buscará o título que por pouco não ganhou em 2021, quando perdeu a final para a americana Carissa Moore.
O circuito feminino contará com três campeãs mundiais. Além de Carissa, que chegou ao topo cinco vezes, completam o trio as australianas Stephanie Gilmore (recordista de Mundiais, com oito conquistas) e Tyler Wright (dois títulos).
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Celeiro de ídolos
O país sempre teve histórico de bons surfistas, mas o primeiro título só foi conquistado há nove anos, com Gabriel Medina. A partir daí, o surfe brasileiro ganhou corpo e virou sinônimo de excelência. Medina se sagraria campeão outras duas vezes, enquanto Mineirinho (2015), Italo Ferreira (2019) e Filipe Toledo (2022) também chegariam ao topo.
Essa profusão de campeões é comemorada pelo CEO da WSL (Liga Mundial de Surfe, entidade que organiza o Circuito) para a América Latina, Ivan Martinho. "O Brasil tem um celeiro de campeões e ídolos do surfe que se tornaram referência dentro e fora d'água e, juntamente com isso, o esporte cresce."
Além dos brasileiros, completam a lista de campeões mundiais que disputarão o campeonato o havaiano John John Florence e a lenda norte-americana Kelly Slater. Onze vezes campeão do mundo, Slater completará 51 anos no próximo mês.
"Kelly Slater é um ícone e mostra que o esporte vai muito além de sua habilidade, pois aos 50 anos segue na elite mundial, inclusive é o atual campeão em Pipeline. Ele é uma fonte de inspiração para a nova geração e uma referência importante para todos e para o esporte no geral", considerou Martinho.