FUTEBOL

Ancelotti diz que perseguição a Vini Jr. é um problema do futebol espanhol

O treinador se mostrou grato pela recepção que o time teve no Marrocos em sua chegada, na segunda-feira à noite

Agência France-Presse
postado em 07/02/2023 13:30 / atualizado em 07/02/2023 13:32
 (crédito:  JAVIER SORIANO / AFP)
(crédito: JAVIER SORIANO / AFP)

Rabat, Marrocos- O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, declarou nesta em entrevista coletiva nesta terça-feira (7), em Rabat, que as agressões que o atacante brasileiro Vinícius Júnior vem sofrendo é um problema do futebol espanhol.

Na sala de imprensa do estádio Príncipe Moulay Abdellah, na capital do Marrocos, onde o time merengue enfrenta o Al Ahly do Egito nesta quarta-feira (8) pelas semifinais do Mundial de Clubes, Ancelotti explodiu quando perguntado sobre se os companheiros de equipe do brasileiro tinham que defendê-lo mais quando é perseguido pelos adversários.

"Defendê-lo de quê? Parece que o problema é o Vinícius e na verdade é tudo o que acontece ao seu redor. É um problema do futebol espanhol. Eu sou parte do futebol espanhol e temos que resolver isso", disse.

"Parece que ele é o culpado, e ele é a vítima de algo que eu não entendo", acrescentou.

Nas últimas semanas, Vini foi alvo de várias agressões racistas por parte de torcedores rivais e dentro de campo vem sendo protagonista de constantes discussões com os adversários, que o acusam de fazer provocações.

"No campo ele tenta desfrutar do seu jeito. Muitos brasileiros são assim, alegres, se divertem, e é preciso respeitá-los. Nós temos que defendê-lo", disse antes o meia uruguaio Federico Valverde, também em entrevista coletiva.

"Mas quando se fala de racismo e há tanta raiva contra um menino de 22 anos... Pode ser filho de qualquer torcedor, é preciso pensar um pouco mais e respeitá-lo. Acho que há torcedores que têm muitos problemas em casa e se agarram a um jovem que está se divertindo", acrescentou Valverde.

- 'Estamos crescendo' -

O Real Madrid chega ao Mundial com seis desfalques, entre eles Karim Benzema, Thibaut Courtois e Éder Militão, que ficaram na Espanha se recuperando de lesões e podem se juntar ao elenco no Marrocos no sábado, dia da final, confirmou Ancelotti.

Além disso, o time merengue não vive um bom momento na temporada, depois de perder a final da Supercopa da Espanha e sofrer alguns tropeços no Campeonato Espanhol, o que permitiu ao Barcelona abrir uma diferença de oito pontos na liderança. Mas o técnico italiano continua otimista.

"A exigência é muito alta. Continuo pensando que a equipe está crescendo. A derrota de domingo (1 a 0 para o Mallorca) doeu, mas chegamos a este momento da temporada em boas condições físicas. Tivemos lesões, o calendário é terrível, mas outras equipes também", explicou Ancelotti.

O treinador se mostrou grato pela recepção que o time teve no Marrocos em sua chegada, na segunda-feira à noite.

"É um evento muito importante. Disputá-lo significa ter feito bem as coisas. É um país onde temos muito torcedores e é uma oportunidade de darmos felicidade a eles. Pode ser uma motivação para esta temporada, onde temos novos desafios", disse.

"O estádio vai estar cheio amanhã. O Mundial está bem organizado, as instalações, o estádio, o gramado e ainda por cima temos um bom clima. Estamos muito felizes por estar aqui", acrescentou o italiano.

O adversário do Real Madrid será o campeão da África, o Al Ahly, que chega às semifinais depois de já ter passado por duas fases no torneio.

"É uma equipe com uma grande história, muitos títulos e experiência nestas competições. É uma boa organização, com jogadores habilidosos e rápidos. Será um jogo competitivo, eles têm a mesma vontade de ganhar que nós", concluiu.

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