Futebol brasileiro

Libra mostra planos de receita com cláusula defensora de Fla e Corinthians

Aspecto da transição apoiaria paulistas e cariocas na futura liga em relação aos ativos de transmissão

Paulo Martins*
postado em 21/03/2023 18:36
 (crédito: Rodrigo Corsi/FPF)
(crédito: Rodrigo Corsi/FPF)

A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) divulgou nesta terça-feira (21/3) um documento de apresentação na divisão de receitas, com uma simulação dos cálculos apresentados. Entre os pontos, se destaca uma "cláusula de estabilidade", que resguarda clubes que fazem maior concessão na formação da Liga, como cita a documentação. No caso, tratam-se de Flamengo e Corinthians, beneficiários em um período de cinco anos.

Em resumo, caso tal receita tenha valor inferior a 2022, os times em questão terão percentuais iguais aos contratos atuais de transmissão, mesmo que seja menor em valor absoluto. Do contrário, ambos garantem o mínimo valor do ano passado. A mesma nota explica a diferença entre o recebido entre o primeiro e o último colocados na divisão de receitas, em índice obrigatoriamente abaixo do que cobra a Liga Forte Futebol do Brasil (LFF), em 3.5 vezes.

A apresentação inclui as explicações dos números gerais do rateio de receitas. A LFF propôs um modelo em que 45% da verba é dividida igualmente, 30% de acordo com performance, e 25% de acordo com a audiência. A Libra faz sua conta com 40% entre todos os clubes, 30% por atuação, mas levando em conta um retrospecto de três anos, e 30% pela audiência, considerando o período de transição, em até cinco anos ou até as receitas dobrarem para R$ 4 bilhões. Após tal época, esses percentuais ficariam iguais aos que deseja a Liga Forte.

A distribuição temporal no montante de performance é outra discussão entre os blocos, onde a LFF deseja apenas a aplicação de acordo com a última temporada. A Libra, em contrapartida, defende uma divisão desta parte em três fatias: uma considerando o ano em questão, outra levando em conta o ano anterior e a última delas no penúltimo e antepenúltimo ano de contagem. O grupo também defende, no documento, a queda da distribuição por audiência dos 48,1% atuais para 25%.

Por fim, a nota apresenta um repasse de 15% da receita total para a organização da Série B do Campeonato Brasileiro. A Liga Forte usa 20% do dinheiro teórico para partir da seguinte maneira: 18% para a segunda divisão, além de outros 2% para a Série C.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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