SUPERLIGA

Praia vence em Uberlândia e encerra sina de vices para o rival Minas

Conquistar o título da Superliga sempre foi sinônimo de perseverança para a equipe do Triângulo Mineiro

Danilo Queiroz
postado em 08/05/2023 06:00
Praia Clube vinha de três vices diante do rival Minas. Em casa, conseguiu imprimir o ritmo e ser campeão -  (crédito: Eliezes Esportes/Divulgação/CBV)
Praia Clube vinha de três vices diante do rival Minas. Em casa, conseguiu imprimir o ritmo e ser campeão - (crédito: Eliezes Esportes/Divulgação/CBV)

O voleibol feminino brasileiro tem um novo time no topo. Após quatro anos de domínio absoluto do Minas, o Praia saiu da fila, acabou com a sina de vice-campeão diante do rival e conquistou o bicampeonato da Superliga. O triunfo veio em casa. Ontem, no ginásio do Sabiazinho, o time de Uberlândia fez bom uso da força da torcida, imprimiu qualidade e ritmo em quadra e venceu por sonoros 3 sets a 0, parciais 25 a 22, 25 a 22 e 26 a 24.

Conquistar o título da Superliga sempre foi sinônimo de perseverança para a equipe do Triângulo Mineiro. Antes de levantar a primeira taça, na temporada 2017/2018, o Praia Clube amargou um vice-campeonato e um terceiro lugar nas edições anteriores. Antes da nova conquista, perdeu três finais em sequência para o Minas, clube de Belo Horizonte com quem protagoniza uma das principais rivalidades recentes do voleibol nacional.

Eleita a melhor jogadora da final, com direito a ganhar o tradicional Troféu VivaVôlei, a levantadora Claudinha viveu todo o processo de altos e baixos com a camisa do Praia Clube e ressaltou a importância da caminhada na concretização da conquista. "O voleibol é feito para passar alegria. Nós não gostamos de perder, mas a derrota faz parte do processo. Sempre acreditamos e ganhar uma final de Superliga não é fácil. Essa reta final foi muito especial. De todas as finais que disputei, essa foi diferente. O time estava leve e confiante. Conseguimos colocar em prática em uma final o que treinamos o ano inteiro", destacou.

Melhor time do país durante toda a temporada, o clube de Uberlândia ditou o ritmo da partida quando necessário e segurou as tentativas de reação do Minas a cada set. "Foi um jogo de altos e baixos e as duas equipes alternaram bastante. Nosso time conseguiu segurar a pressão nos momentos de dificuldade, o que faltou nos últimos três anos. O nosso mental estava mais forte e o time entendeu a importância da coletividade. Esses foram fatores fundamentais para o título", avaliou o técnico Paulo Coco.

Referência da equipe desde o título da temporada 2018-19, a central Carol, vice-campeã mundial com a camisa da Seleção Brasileira em 2022, foi outra a celebrar o fim da fila do Praia Clube diante do rival. "Fechar essa temporada com o título é muito especial. Esse é um grupo de muita entrega e esse ano não foi diferente. O time todo estava confiante e acreditando o tempo todo", pontuou.

Mas por que praia?

Sempre quando chega ao topo em alguma conquista nacional ou internacional, o time faz, literalmente, dar Praia em Uberlândia, uma cidade mineira localizada a 663km do mar. Mas também atiça a curiosidade dos torcedores mais distantes sobre o motivo do batismo da equipe com tal nome. Fundada nos anos 1930, a agremiação de prática de vários esportes tem uma relação de proximidade com o rio Uberabinha.

Naquele período, o local era utilizado para a prática de natação por um grupo de moradores da cidade e contava com uma característica praia de cascalho. A curiosa relação fez o fiscal federal José Victor sugerir o batismo do clube a denominação. A ideia pegou e o clube logo se tornou patrimônio dos uberlandenses. Hoje, mais uma vez, amplia o sucesso da própria história ao chegar pela segunda vez no topo do torneio de vôlei mais importante do Brasil.

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