FUTEBOL

Sinônimo de sucesso nacional, Luxemburgo nunca ganhou a Libertadores

Treinador sonha em entrar na lista de Telê Santana, Felipão, Muricy Ramalho e outros. Sequência no torneio depende de vitória do Corinthians contra o Del Valle, nesta quarta

Victor Parrini
postado em 07/06/2023 06:00
 (crédito:  Rodrigo Coca/Agencia Corinthians)
(crédito: Rodrigo Coca/Agencia Corinthians)

Quando o assunto são títulos, Vanderlei Luxemburgo dá aula e assume com o orgulho a alcunha de "pofexô". Aos 70 anos, ele se gaba de ser o recordista de títulos do Campeonato Brasileiro (5) e do Paulista (9). Deu aula nos 1990 e início dos anos 2000. Mas a sala de troféus do veterano à beira do gramado sente a falta de uma conquista: a da Libertadores.

Embora seja um dos nomes mais vitoriosos do futebol brasileiro, Luxemburgo vive esse "drama" pessoal. Um dos sonhos dele é estar na mesma lista de Telê Santana, Luiz Felipe Scolari, Muricy Ramalho, Cuca, Tite, Celso Roth e tantos outros personagens. Oportunidades não faltaram a Luxa. Ele vive a 10ª tentativa de sucesso nos gramados sul-americanos.

A trajetória no torneio começou em 1991, pelo Flamengo. Dos 10 jogos à frente do rubro-negro, venceu seis e perdeu apenas um. Porém, caiu para Boca Juniors de Gabriel Batistuta e companhia. Assumiu a prancheta do Palmeiras em 1994, mas não rompeu a barreira dos 16 melhores times. Em 2004, começou no Cruzeiro, mas foi demitido. Arrumou as malas para o Santos e deu um passo a mais com a presença nas quartas de final.

Em 2007, viveu o melhor momento da carreira no torneio. Guiou o Peixe à semifinal contra o Grêmio de Mano Menezes. O Imortal foi vice na decisão perdida contra o Boca Juniors de Riquelme, Palácio e Palermo. De lá para cá, não foi mais longe. Tentou com Flamengo, Palmeiras e o próprio Tricolor gaúcho.

O tempo passou e parece ter levado Luxa consigo. Ele não ganhou o torneio, mas viu até europeus fincarem bandeiras nos gramados do continente, como Jorge Jesus (2019) e Abel Ferreira (2020 e 2021). O bi alviverde, inclusive, tem participação do "pofexô". Ele iniciou a saga e comandou o equipe em cinco partidas na fase de grupos antes da demissão.

Três anos depois, Luxemburgo voltou à Libertadores. É uma caminhada meio desordenada, afinal, assumiu um Corinthians em ebulição após a saída de Cuca. Nesta quarta-feira (7/6), às 19h, contra o Independiente del Valle, o time arrisca ser eliminado, mas Luxa pode ser o "menos culpado". Será o terceiro jogo dele. Esteve à frente na derrota para os equatorianos em Itaquera e no empate sem gols o líder do Grupo E, o Argentinos Juniors.

Hoje, só a vitória interessa. Uma derrota frustra o sonho corintiano e de Luxa na Liberta. O técnico, porém, se apega ao passado para ter um futuro. "Na minha outra passagem no Corinthians, perdi cinco jogos seguidos. Conseguimos equilibrar, crescemos e fomos campões brasileiros. Essas coisas não me assustam", disse em coletiva.

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