Campeonato Brasileiro

Ceilândia e Brasiliense empatam pela oitava rodada da Série D

Gato Preto recebeu o Operário de Mato Grosso e não saiu do zero no Estádio Abadião, mesmo com um jogador a mais. Em visita a Goiás, Jacaré igualou novamente diante do Iporá e segue com vida complicada no Grupo A5

Paulo Martins*
postado em 14/06/2023 17:29 / atualizado em 14/06/2023 18:19
 (crédito: Mateus Dutra/Ceilândia)
(crédito: Mateus Dutra/Ceilândia)

O futebol do Distrito Federal teve uma tarde frustrante nesta quarta-feira (14/6), com ambas equipes da cidade entrando em campo pela oitava rodada do Grupo A5 da Série D do Campeonato Brasileiro. Jogando em casa, no Estádio Abadião, o Ceilândia empatou com o Operário de Várzea Grande por 0 x 0. Fora de casa, o Brasiliense também não tirou o zero do placar contra o Iporá.

Os resultados têm pesos diferentes na classificação para os dois times. Com o ponto somado no Abadião, o Ceilândia acumulou o quarto empate consecutivo, mas segue invicto na competição nacional e na terceira colocação do grupo A5. O Brasiliense, por outro lado, ampliou a crise com a quarta partida sem vencer na Série D. O Jacaré se manteve na sexta colocação e vai terminar mais uma rodada fora do G-4 de classificação ao mata-mata.

Ceilândia 0 x 0 Operário

O alvinegro aplicou pressão desde os instantes iniciais, buscando um gol precoce para se situar bem na partida, atento às investidas da equipe visitante. Aos oito minutos, Felipe Clemente tomou a bola da marcação e saiu cara a cara com o goleiro Bruno Fuso, desperdiçando a primeira chance clara do jogo.

No segundo momento, o time mato-grossense ficou mais com a bola no campo de ataque, para evitar os perigos do conjunto local. Aos 16, outra oportunidade clara foi perdida pelos ceilandenses: em bola cruzada na área, após uma contra-carga, com a defesa vencida, Nolasco bateu para fora desde a linha da pequena área. Aos 26, foi a vez de Pedro Bambu cabecear forte para exigir uma grande defesa, executada pelo guarda-metas.

Sem criatividade e apertado pela defesa alvinegra, o CEOV era empurrado para trás de forma lenta, incitando a devolução da bola. Aos 33 minutos, a situação se complicou para os tricolores pelo cartão vermelho recebido por Tássio, após o segundo amarelo, levando a própria equipe a ser apertada na primeira parte do próprio campo. Com 36, Foguinho levou perigo em desvio após cobrança de escanteio, em uma das tantas oportunidades perdidas na etapa inicial.

Após o intervalo, o Operário soube se organizar na defesa, dando ainda menos chances diretas ao Gato Preto, dificultando as chegadas à própria área. A insistência dos mandantes levou ao mesmo cenário do fim da primeira parte do jogo, em um jogo de ataque contra defesa ainda fechado pela boa retranca dos visitantes. O nervosismo, como outro fator, complicava a vida dos alvinegros, perdendo energia e ideias de como infiltrar na defesa rival.

Sem atrasar o jogo pela desvantagem numérica, os mato-grossenses tinham ânimo para fazer ataques esporádicos na metade do segundo tempo, voltando à postura defensiva após ceder alguns espaços na retaguarda, ainda sem perigo. O esforço físico foi parte fundamental para manter o placar zerado, com duas mudanças feitas forçadamente por desgaste na partida, em uma resistência implacável contra o abafa final para se manter no G-4, um ponto a frente do Iporá e dois à frente do Brasiliense.

O empate é o quarto seguido da formação da capital federal, ainda a duas unidades dos líderes Anápolis — que igualou sem gols contra o Interporto, em Tocantins — e União Rondonópolis, vencedor contra o lanterna Real Ariquemes. O Ceilândia visita o ponteiro goiano no domingo (18/6), no Estádio Jonas Duarte, às 16h.

Iporá 0 x 0 Brasiliense

No Estádio Francisco Ferreira, a partida teve equilíbrio físico e tentativa de arrancadas em velocidade desde o começo, com os contra-ataques sendo a ordem, apesar de se tratar de dois times com preferência para a cadência da bola. Nenhum dos times levava perigo, preferindo revezar a posse para propor, um de cada vez, em um segundo instante.

Mais habilidoso, o time candango mostrava a falta de poucos ajustes para chegar ao gol. Joãozinho chamou a responsabilidade em duas finalizações perigosas aos 19 e aos 22 minutos, ambas defendidas pelo goleiro Weide. Os goianos passaram a buscar alternativas pela bola parada, forçando ocasiões como escanteios, mas sem conseguir levar maiores riscos em um duelo acirrado, mas sem tantas oportunidades perigosas, sobretudo nos instantes finais do primeiro tempo.

Na etapa complementar, as equipes não mudaram as propostas, mas o Jacaré foi mais incisivo, tendo a bola aérea como repertório para ter mais poderio ofensivo. O Iporá não conseguia alcançar o ataque e afastava as chances de risco dos brasilienses da forma como podiam. A melhor chance criada pelo Brasiliense foi aos 25 minutos, em cobrança de Tarta que não foi desviada, passando rente à trave direita do arqueiro local.

Em poucas vezes, o Lobo Guará alcançava o terreno ofensivo, mas esteve distante da área rival no resto da partida, mesmo depois da expulsão de Joãozinho, aos 36, em cenário oposto ao jogo do último domingo (11/6): todos os gols do confronto aconteceram apenas em Taguatinga, no empate em 3 x 3. O resultado mantém o clube do DF fora do G-4 por dois pontos, com a missão de vencer após quatro jogos ao enfrentar o vice-líder União Rondonópolis, em casa, no próximo domingo (18/6), às 16h.

*Estagiário sob supervisão de Danilo Queiroz

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