FUTEBOL

Atuações: veja como se saíram as jogadoras do Brasil em jogo contra o Chile

Último amistoso da Seleção antes da Copa do Mundo contou com amplo domínio da equipe brasileira

Gabriel Botelho*
postado em 02/07/2023 13:27
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A primeira visita da Seleção Brasileira de futebol feminino à capital federal desde o dia 22 de dezembro de 2013 terminou de maneira positiva. A equipe Canarinho derrotou o Chile, pelo placar de 4x0 antes de partir rumo à Austrália, uma das sedes da Copa do Mundo feminina de 2023.

A Seleção, dominante do começo ao fim, esteve, durante todo o momento, confiante nas coberturas na defesa e empenhada na tentativa de dar ao torcedor um futebol ofensivo.

  • Jogo da Seleção feminina no Mané Garrincha Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • Jogo da Seleção feminina no Mané Garrincha Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • Jogo da Seleção feminina no Mané Garrincha Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • Jogo da Seleção feminina no Mané Garrincha Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
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Com subidas constantes ao ataque com muitos nomes, o Brasil, principalmente no primeiro tempo, não deixava as chilenas respirarem. Com jogadas agudas à frente e muitas tentativas de levantamentos na área — com bom percentual de acerto, inclusive — as meninas verde e amarelo demonstraram possuírem, no mínimo, um enraizado entrosamento para o Mundial. Os gols da goleada foram marcados por Duda Sampaio, Gabi Nunes, Geyse e Luana.

Veja a nota para a atuação das jogadoras:

Letícia Izidro - nota: 8

Oportunista, Lelê apareceu bem em saídas apertadas de bola, principalmente em momentos de pressão forte do Chile na marcação, durante o primeiro tempo. Apesar do recheado placar da partida, a arqueira brasileira trabalhou. Com defesas tanto em bolas rasteiras quanto aéreas, foi o principal motivo para a Seleção não ter sofrido gols.

Antônia - nota: 8,5

Salvos alguns erros de passes curtos, a lateral direita do Levante, da Espanha, demonstrou segurança na linha de quatro defensiva e, principalmente, nas subidas ao ataque. Além de levar a gorducha para o fundo por diversas vezes, esteve diretamente envolvida em dois dos x gols da Seleção, através de cruzamentos bem executados.

Kathellen - nota: 7,5

A performance da zagueira foi um reflexo da tranquilidade do Brasil na partida na linha de trás. Com bons balanços defensivos, a jogadora do Real Madrid se mostrou segura durante o embate e abusou da força física e do bom passe para auxiliar a saída de bola.

Rafaelle - nota: 8

A responsável por completar a dupla de zaga, da mesma forma, se sobressaiu pela regularidade na saída de bola. Além de ter estado em campo por mais tempo do que Kathellen, desafogou a pressão das chilenas com maestria através de fintas de corpo e bom posicionamento.

Tamires - nota: 8,5

Menos ofensiva do que Antônia, Tamires auxiliou o balanço defensivo com a experiência que possui e foi outra que não comprometeu a atuação da Seleção. Apesar disso, não deixou de buscar subidas ao ataque e cruzamentos na área.

Ana Vitória - nota: 7

Embora posicionada, no papel, como volante, Ana Vitória somou chegadas à área e saídas de bola bem executadas. Muitas vezes dona do penúltimo passe, se posicionou mais como uma '6' do que como uma '5' dentro de campo.

Luana - nota: 8,5

Assim como Ana Vitória, a experiente volante, como pedia o contexto do jogo, subia bastante ao ataque. Além de ótimos lançamentos à área, foi a maestra da equipe durante a partida e se aproveitou, inclusive, da boa pontaria para marcar um belo gol, em batida de fora da área.

Duda Sampaio - nota: 8

Última mulher antes da linha de ataque por diversas vezes, a jovem jogadora do Corinthians esteve sempre em busca do último passe. Com expressiva leitura de jogo, executava passes entre-linhas que colocaram as companheiras na cara do gol em várias oportunidades.

Geyse - nota: 8,5

Nome mais agudo do ataque Canarinho, a atacante do Barcelona foi a jogadora responsável pela criatividade na linha de frente. Além de bonitos dribles, esteve constantemente envolvida nos últimos toques na bola e se aproveitou do repertório de improviso e da velocidade para realizar infiltrações pelos flancos da grande área. Através de uma destas infiltrações marcou o quarto gol da partida, de cabeça.

Gabi Nunes - nota: 8

Atacante móvel, Gabi Nunes esteve constantemente preocupada em recuar um pouco o posicionamento para abrir espaço para as companheiras de ataque nos facões. No entanto, não deixou de marcar presença na grande área. Com bons posicionamentos, foi autora do primeiro gol da partida, de cabeça, após cruzamento de Nycole.

Nycole - nota: 8,5

Mulher das bolas paradas, a brasiliense utilizava da expressiva velocidade e da habilidade com o pé esquerdo para desempenhar múltiplas funções dentro de campo. Além de ter atuado, também, pelo centro, em alguns momentos, trocava de lado com Geyse constantemente para puxar a marcação adversária. Foi, inclusive, importante para a criação, com bolas alçadas à área e, ademais, uma assistência.

Lauren: 7

A zagueira, assim como as outras protagonistas do miolo da defesa, esteve bem, segura, e não comprometeu em nenhum momento. Além de ter entrado atenta ao jogo, também foi bem na saída de bola.

Andressa Alves: 7

Apesar de não ter protagonizado lances de perigo expressivo, a experiente meia da Roma demonstrou presença no ataque Canarinho. Posicionada como uma camisa 10, ajudou na marcação pressão do Brasil e distribuiu passes precisos.

Mônica: 7,5

Outra que não comprometeu. Embora experiente, a veloz defensora fez parte da mudança de esquema tático de Pia e mostrou grande senso de posicionamento, principalmente no meio da segunda etapa, momento em que o Chile teve oportunidade de contra-ataque perigoso, posteriormente evitado por ela.

Kerolin: 7

Por conta do pouco tempo de atuação, não desempenhou momentos de perigo expressivo. Apesar de um pouco mais fraca fisicamente em comparação à Gabi Nunes, caía constantemente pelas beiradas e acumulou boas movimentações à frente.

Marta: 7,5

Muito ovacionada pela torcida ao entrar em campo, Marta mostrou o empenho e a vontade de sempre para ditar o ritmo do jogo e auxiliar as companheiras. No entanto, por ter voltado de lesão recentemente, atuou por apenas 15 minutos e não protagonizou muita influência no jogo.

*Estagiário sob supervisão de Ronayre Nunes

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