FUTEBOL

Preparador físico do Universitario seguirá preso por racismo em SP

Sebastian Avellino Vargas foi detido após a derrota do clube peruano por 1 x 0 para o Corinthians, na última terça-feira (11/7). Ele teria imitado um macaco em direção aos torcedores paulistas

Victor Parrini
postado em 12/07/2023 18:41 / atualizado em 12/07/2023 18:42
Sebastian Avellino Vargas segue preso em São Paulo -  (crédito: Reprodução/Twitter)
Sebastian Avellino Vargas segue preso em São Paulo - (crédito: Reprodução/Twitter)

Sebastian Avellino Vargas, o preparador físico do Universitario, do Peru, seguirá preso em São Paulo após acusação de racismo na derrota por 1 x 0 para o Corinthians, na última terça-feira (11/7), na Neo Química Arena. O profissional passou por uma audiência de custódia nesta quarta, no Fórum Criminal da Barra Funda, e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

A defesa do preparador físico pode recorrer na decisão para que ele responda em liberdade. Após a prisão em flagrante na Neo Química Arena, Sebastian Avellino Vargas prestou depoimento com o acompanhamento de dois membros do consulado peruano em São Paulo. Um deles atuava como tradutor. Ele foi indiciado por racismo, com pena de um a três anos.

Três corintianos também foram ouvidos, mas em condição de testemunhas. Todos relataram a mesma situação, na qual o preparador físico recolhia os materiais esportivos do time visitante e rebatia as provocações dos paulistas. O profissional peruano alegou que os torcedores locais cuspiram nele.

O Universitario repudiou as decisões da Justiça. "Nas últimas horas, a honra de um profissional do nosso clube foi manchada. Sebastián Avellino foi tratado como criminoso no Brasil, passando a noite em uma prisão, o que consideramos um ato inadmissível, humilhante e ultrajante", diz trecho do comunicado.

"Repudiamos esse tipo de humilhação por parte das autoridades brasileiras que pretendem, sem nenhuma prova, realizar prisões arbitrárias", conclui a nota oficial do clube peruano.

Na entrevista coletiva pós-jogo, o treinador do Universitario, Jorge Fossati, defendeu o companheiro. "Eu não vi. O conheço e trabalha comigo há 13 anos, desde 2010, é um cara muito respeitoso. Segundo ele me falou, foi mal interpretado seus gestos. Estavam cuspindo e xingando ele, coisas de futebol, infelizmente. Parece que o torcedor pode fazer o que quiser. Se a gente reage, está errado. É assim. Mas também está errado o torcedor do Corinthians e do Universitario se não tiver comportamento adequado para estar no jogo", amenizou.

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