Copa do Mundo

Nova Zelândia surpreende Noruega na abertura da Copa do Mundo Feminina

Show de luzes, danças, rap e música pop depois de tiros e mortes em Auckland: saiba como foram as cerimônias de abertura antes de Hannah Wilkson brindar a Nova Zelândia com a primeira vitória em Copas

Marcos Paulo Lima
postado em 20/07/2023 07:51
Maior artilheira da história da Nova Zelândia com 29 gols, Hannah Wilkson brindou as anfitriãs com a primeira vitória em seis participações da seleção em Copas com direito a público recorde em jogo de futebol no Eden Park -  (crédito: Saeed Khan/AFP)
Maior artilheira da história da Nova Zelândia com 29 gols, Hannah Wilkson brindou as anfitriãs com a primeira vitória em seis participações da seleção em Copas com direito a público recorde em jogo de futebol no Eden Park - (crédito: Saeed Khan/AFP)

A nona edição da Copa do Mundo começou com zebra nas casas de apostas. Quem apostou o rico dinheirinho na Nova Zelândia ajudou a quebrar a banca. Uma das anfitriãs do torneio emm parceria com a Austrália, as donas das casa venceram a campeã de 1995 Noruega por 1 x 0 no Eden Park, em Auckland, depois de um pré-jogo marcado por tristeza e alegria na capital do país da Oceania. Hannah Wilkinson assumiu o protagonismo do primeiro gol do torneio e deixou a badalada Ada Hergebert, eleita Bola de Ouro em 2018, em segundo plano. Foi a primeira vitória das neo-zelandesas em seis participações no evento.

Antes da cerimônia de abertura, um tiroteio na Quay Street, uma das principais ruas do centro econômico da cidade, deixou dois mortos e feridos. Identificado pela polícia, um homem de 24 anos com tornozeleira eletrônica foi o autor dos disparos e também foi a óbito.

O cenário do crime é próximo do tradicional Fan Fest da Fifa, local destinado aos torcedores sem ingresso interessados em acompanhar os jogos no telão. Fica perto também da concentração da Noruega, um hotel no centro de Auckland.

Em meio ao susto, a Copa do Mundo Feminina começou com duas cerimônias de abertura. A primeira delas, em Auckland. Antes da vitória da Nova Zelândia contra a Noruega, houve show de luzes e danças conduzidas por aborígenes e maoris representando a cultura do país. Artistas representaram as 32 seleções canddidatas ao títulos.

Os cantores Benee (Nova Zelândia) e Mallrat (Austrália) foram ao gramado cantar a música oficial da Copa — Do It Again (Faça novamente). Enquanto fogos de artifício abriam caminho para as entradad de Nova Zelândia e Noruega em campo, a Austrália também realizada uma cerimônia no Stadium Australia, palco das Matildas contra a Irlanda, às 8h (de Brasília).

Figurinha carimbada na Copa do Mundo Feminina, a Nova Zelância participa do torneio pela sexta vez em nove ediçòes. Jamais passou da fase de grupos. O sonho é possivel depois da vitória por 1 x 0 contra a Noruega. Hannah Wilkinson comandou o triunfo. A atacante de 31 anos do Melbourne City fez o primeiro gol do torneio. O lance começou em um lançamento para Jacqui Hand na direita. Ela enxergou Wilkison livre entre as zagueiras da Noruega e a maior artilheira da história da Nova Zelândia não desperdiçou. Ela balançou a rede pela 29ª vez em 114 exibições internacionais.

Mesmo sob pressão da Noruega, a Nova Zelândia teve a chance de ampliar o placar em uma cobrança de pênalti. Auxiliada pelo VAR, a árbitra japonesa Yoshimi Yamashita acusou toque na mão de Mjelde após cruzamento de Steinmetz. Percival cobrou e acertou a trave. O desperdício não comprometeu a primeira vitóia da Nova Zelândia na história da Copa do Mundo Feminina e permite ao país sonhar com a fase eliminatória pela primeira vez.

Os fãs tivera papel fundamental na largada. Nunca antes na história da Nova Zelândia, o estádio Eden Park recebeu um público como o desta quinta-feira. Segundo a súmula da Fifa, a arena recebeu 42.137 torcedores. Trata-se do maior público em uma partida de futebol na história do país cuja modalidade preferida é o rúgbi protagonizado pelos All Blacks.

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