Futebol

Pia não descarta levar o Brasil à final e garante: "Marta está pronta"

Técnica da Seleção prega equilíbrio entre ataque e defesa sólida, afirma que Marta está pronta para a Copa do Mundo e vê Tamires celebrar crescimento do futebol feminino no Brasil; Panamá manda recado

Marcos Paulo Lima
postado em 23/07/2023 11:40 / atualizado em 23/07/2023 11:58
Pia Sundhage no último treino do Brasil antes da estreia contra o Panamá: a técnica repetiu o mantra do equilíbrio entre ataque e defesa na entrevista coletiva da Fifa -  (crédito: Thais Magalhães/CBF)
Pia Sundhage no último treino do Brasil antes da estreia contra o Panamá: a técnica repetiu o mantra do equilíbrio entre ataque e defesa na entrevista coletiva da Fifa - (crédito: Thais Magalhães/CBF)

Já é dia da estreia do Brasil na Austrália. O que precisava ser treinado e falado antes do duelo com o Panamá na manhã desta segunda-feira, às 8h (de Brasília), em Adelaide, está feito. A técnica Pia Sundhage e Tamires participaram da entrevista coletiva da Fifa na véspera do início da caminhada em busca do título inédito e a sueca mostrou confiança em levar a Seleção de volta à final. O país foi vice em 2007. A confiança tem a ver com a derrota nos pênaltis para a Inglaterra na Finalíssima, em Wembley, e nos triunfo contra a Alemanha, o Chile e a China nos últimos ensaios antes da Copa.

"Muitas vezes, a performance foi boa, mas não necessariamente o resultado. Ficamos felizes com os dois últimos resultados. Nos olhamos e é diferente de um ano atrás. O mais importante é desfrutar. Se fizermos isso, temos a chance de vencer o Panamá e podemos vencer muitos jogos. Se colocarmos em prática um ataque bonito e uma defesa sólida, temos a chance de chegar até a final. Há muitos países que podem fazer isso", elogiou uma Pia otimista levando-se em conta a frieza europeia.

A treinadora tratou de tranquilizar os torcedores em relação a Marta. Aos 37 anos, a recordista de prêmio de melhor do mundo está pronta para a sexta Copa na carreira. "Marta está 100% quando se fala da parte física. Mas quantos minutos de treino e de jogos se deseja que ela tenha? Vai depender do jogo. Mas o treino que tivemos ontem foi muito bom. Ela treinou e foi muito bem. Então, ela estará pronta", bancou Pia.

A lateral Tamires celebrou o crescimento do apoio ao futebol feminino no Brasil, principalmente o comportamento da imprensa. "Para mim, é muito diferente o que o futebol feminino tem vivido, tem crescido mundialmente. No Brasil também. A diferença dentro de campo, a estrutura que temos de trabalho, o que a gente cresceu taticamente, fisicamente, tecnicamente. Na minha maneira de ver, foi um crescimento muito importante em pouquíssimo tempo. E fora de campo também vi essa visibilidade acontecendo, esse investimento acontecendo. Na Copa de 2015, só tínhamos uma jornalista lá (no Canadá), e hoje olha como quantas jornalistas temos aqui. Isso tem sido muito positivo, e as atletas têm entendido sua responsabilidade: , afirmou a jogadora.

Tamires também falou sobre o comportamento de grupo. "A gente conversou e falou, ser vulnerável aqui, ter medo é normal, faz parte do jogo, a gente vai se ajudar, o que não podemos é ter preciosismo. Então, não pode uma querer ser melhor que a outra, o ego não pode falar mais alto, temos que estar juntas o tempo todo, porque Copa do Mundo se joga em equipe e se vence em equipe", enfatizou a jogadora.

Panamá

Adversário do Brasil na estreia, o Panamá é comandada pelo treinador mais jovem da Copa do Mundo. Ignacio Quintana tem 35 anos. Embora seja considerado azarão no grupo, o treinador não se intimida com Brasil, França e Jamaica no Grupo F.

"Nosso objetivo tem que ser competir. Quer melhor oportunidade do que poder competir com as suas referências esportivas? Queremos apresentar um plano que não demonstre apenas que o Panamá está em sua primeira Copa e que chegamos no papel de vítimas", afirmou o treinador.

Ignacio Quintana citou resultados apertados e a dificuldade dos favoritos para fazer uma guerra psicológica com o Brasil. "Esses primeiros dias da Copa do Mundo deixaram bem claro que não existe rival pequeno. Temos que mostrar que é assim", desafiou. Para todas nós é uma grande responsabilidade jogar pela seleção. Nós lidamos muito bem com isso, e as jogadoras mais velhas nos ajudam muito, seja nas entrevistas, no campo, em tudo. Elas têm sido fundamentais", elogiou ao falr do elenco.

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