A Fórmula 1 fez jus às férias de verão no continente europeu e se manteve quieta, inerte durante as últimas três semanas, desde a etapa belga. Nesta sexta-feira (25/8), o Grande Prêmio da Holanda, no Circuito de Zandvoort, marca a inauguração da metade final da temporada de 2023.
O líder do certame, Max Verstappen, não tem cenário melhor que a corrida no próprio país para encaminhar o tricampeonato. De momento, a diferença para o vice-líder, Sergio Pérez, é de 125 pontos — pontuação superada apenas por quatro pilotos, até agora — em soma conjunta que dá 256 unidades de vantagem à Red Bull no Mundial de Construtores em relação à Mercedes, segunda colocada de momento.
Os taurinos, por sinal, foram os únicos a movimentar as especulações sobre o breve futuro sobre a continuidade do segundo piloto no médio prazo, uma vez que em 2024, o mexicano segue a ocupar o cockpit. Quem tem situação oposta, sem definição, é a afiliada Alpha Tauri, sem confirmações para o próximo ano, a exemplo da Haas. Com meio ano por correr, outras equipes têm um assento em aberto para a temporada seguinte: são exemplos a Alfa Romeo e a Williams, com Valtteri Bottas e Alexander Albon confirmados sozinhos, respectivamente.
A grande expectativa está na Mercedes e na renovação ou não de Lewis Hamilton, ainda sem contrato. O heptacampeão mundial, ao lado de George Russell, terá um carro teoricamente mais potente na reta derradeira, a exemplo dos últimos anos em que deixou de ser o dono da hegemonia de anos na Fórmula 1.
As incógnitas estão nas formações do meio do grid, no que diz respeito à classificação. Em diferentes contextos, McLaren — para consolidar uma evolução inesperada —, Aston Martin — para se recuperar de queda após um forte começo — e Alpine — para performar em algo daquilo que prometia antes da temporada — dependem de mostrar forças na metade decisiva da competição.
Brasil roubou a cena
Curiosamente, a Ferrari foi assunto mais pelo passado do que pelo presente atual. O grande assunto envolvendo a categoria durante o recesso foi a reclamação de Felipe Massa pelo título mundial de 2008, sobretudo queixando-se à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) pela situação do Singaporegate, o escândalo que favoreceu a vitória de Fernando Alonso no GP de Cingapura.
Na ocasião, uma batida do compatriota Nelson Piquet favoreceu uma estratégia ilegal do espanhol, com a entrada do safety car no momento ideal para uma parada que prejudicasse todo o restante do grid. No pit stop do paulista, na 17ª volta, ainda em era de reabastecimento, a mangueira de gasolina não foi retirada e Massa arrancou o duto de combustível, abandonando a prova.
O piloto brasileiro, vice-campeão na primeira taça de Lewis Hamilton ao fim do ano, entrou na Justiça para reverter a decisão. Entretanto, até mesmo o atual chefe ferrarista, Frederic Vasseur, discorda da alteração dos fatos acontecidos há 15 anos.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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