FUTEBOL

Como a final do Brasileirão Feminino promove integração entre as regiões

Decisão entre Ferroviária e Corinthians conta com representantes de 12 estados, mais o Distrito Federal. Bola rola nesta quinta-feira (7/9), às 16h20, pelo jogo de ida, em Araraquara

Ferroviária e Corinthians iniciam hoje, às 16h20, na Fonte Luminosa, a disputa da final da Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino. O segundo jogo acontece no domingo, na Neo Química Arena. -  (crédito: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians e Jonatan Dutra/Ferroviária SAF)
Ferroviária e Corinthians iniciam hoje, às 16h20, na Fonte Luminosa, a disputa da final da Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino. O segundo jogo acontece no domingo, na Neo Química Arena. - (crédito: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians e Jonatan Dutra/Ferroviária SAF)
Danilo Queiroz
postado em 07/09/2023 06:00

Desde a etapa de semifinais, a Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino ganhou um clima de Paulistão graças a presença de quatro equipes de São Paulo na luta pelo título. A partir desta quinta-feira (7/9), às 16h20, duas delas começam a definir quem serão as donas da taça em 2023. Entretanto, o próprio histórico dos clubes joga para longe qualquer narrativa sobre a decisão não se tratar, de fato, de uma festa nacional. Protagonistas do torneio ao somarem seis conquistas nas 10 temporadas disputadas na história, Ferroviária e Corinthians vão ao campo da Fonte Luminosa com representantes dos mais variados estados do Brasil.

Juntos, os elencos comandados pelos técnicos Jéssica de Lima e Arthur Elias reúnem jogadoras naturais das cinco regiões do país. Em um recorte mais específico, a final da Série A1 do Brasileirão será nacionalizada por ter representantes de 12 estados, mais o Distrito Federal. Além de evidenciar a universalização crescente do futebol feminino, o cenário ressalta a força da competição em todo o território nacional. Apesar do domínio paulista em campo, neste ano, por exemplo, o torneio teve participantes de 10 Unidades da Federação diferentes. Um recorde desde a implementação do sistema com 16 equipes, em 2017.

São Paulo, claro, vai ser o estado com mais jogadoras em campo. Ao todo, 25 jogadoras de Ferroviária e Corinthians são naturais de cidades paulistas. Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e Rondônia são as outras Unidades da Federação com filhas da terra envolvidas na decisão da principal competição do calendário nacional do futebol feminino. O Distrito Federal fecha a lista com uma relação bastante especial de atletas.

Quatro candangas

Com títulos do Brasileirão Feminino no currículo, Grazi, Vic Albuquerque e Gabi Portilho são as brasilienses do elenco do Corinthians e tentarão levar o time alvinegro ao pentacampeonato nacional, o quarto de maneira consecutiva. Campeão da Série A2 com o Minas Brasília em 2018, Jéssica Soares representa a capital federal com a camisa da Ferroviária em busca do tricampeonato da história da equipe. Se for efetivada, a conquista seria a primeira dela na elite nacional.

Detentor da atual hegemonia nacional, o Corinthians disputará a última final sob o comando do técnico Arthur Elias. O comandante está de malas prontas para deixar o clube e assumir a Seleção Brasileira em outubro, após a disputa da Libertadores. Time de melhor campanha no torneio, o alvinegro espera repetir o desempenho, incluindo o apresentado contra a Ferroviária na vitória por 4 x 1 na primeira fase. "É uma partida de 180 minutos, dois jogos. É tudo decidido no detalhe. Fizemos um bom trabalho durante a semana para chegarmos 100%. Dentro da nossa casa, faremos uma grande festa para resolver ao lado da nossa torcida", pontuou a lateral Carol Tavares.

Defensora de um retrospecto perfeito em finais do Brasileirão, incluindo na temporada de 2019, quando bateu o próprio rival da decisão deste ano para ser bicampeã nacional, a Ferroviária aposta no crescimento apresentado no mata-mata para surpreender. "O Corinthians é o time a ser batido e está com o treinador da Seleção Brasileira. Até o parabenizo. Mas ele é meu adversário. Defensivamente, estamos com mais entendimento. Da derrota da primeira fase para cá, fizemos as atletas terem o entendimento de jogar sem bola", destacou a técnica Jéssica de Lima.

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