Realmente, Paulinho se sente em casa na Arena MRV. O atacante marcou, e o Atlético venceu o Botafogo por 1 x 0 na noite deste sábado (16/9), em Belo Horizonte, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O chute do camisa 10 do Galo balançou a rede aos 35 do primeiro tempo.
O autor dos únicos três gols oficiais da Arena MRV teve duas grandes chances. A primeira parou em Gatito Fernández, que substituiu Lucas Perri, lesionado no intervalo. Na segunda, a boa fase de Paulinho falou mais alto, e ele decidiu, definitivamente, na sua casa.
Ao lado do decisivo camisa 10, Pedrinho foi o grande nome da partida. O meio-campista fez outra boa partida no estádio alvinegro – repetindo o bom jogo contra o Santos, em 27 de agosto – e criou as duas boas oportunidades para que Paulinho arrancasse mais uma vitória do Galo no seu “terreiro”.
Aparentemente, Felipão está encontrando a estrutura ideal do ataque alvinegro. Com Paulinho centralizado e Pedrinho organizando, o Atlético, que ainda contou com o importante retorno de Zaracho, fez uma boa partida contra um líder do Brasileiro aquém.
O Botafogo não acertou a meta de Everson – foram sete chutes errados – e fez uma das piores partidas na Série deste ano, muito por mérito da dupla de zaga e de volantes do Atlético, que impediu tramas de Tiquinho e Eduardo.
Com a vitória, o Atlético terminou a rodada na nona posição, com 34 pontos, quatro atrás do Fluminense, primeiro clube dentro do G6, e cinco atrás do Grêmio, terceiro colocado. Já o líder Botafogo viu a distância para o Palmeiras diminuir de dez para sete pontos – cariocas têm 51 contra 44 dos paulistas.
O Atlético volta a campo na próxima semana no mesmo dia, horário e estádio do duelo com o time carioca. O Galo receberá o Cuiabá na Arena MRV no sábado (23/9), às 21h, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. Já o Botafogo enfrenta o Corinthians na mesma rodada, na sexta-feira (22/9), às 20h, na Neo Química Arena.
Etapa inicial equilibrada e ruim
As equipes chutaram nove vezes nos 45 minutos iniciais, mas apenas duas finalizações foram corretas – ambas atleticanas, em cobranças de falta. Já a posse de bola de 56% por parte do Botafogo até indica que o líder do Brasileiro ficou mais com a bola, mas pouco fez com o controle das jogadas. Uma etapa inicial equilibrada e ruim.
O Atlético chegou com perigo em três oportunidades. Aos 10, Maurício Lemos cobrou falta da intermediária, obrigou Lucas Perri a fazer bela defesa, e a bola ainda bateu no travessão. No minuto 29, Pavón também fez cobrança de uma infração, agora do lado esquerdo do campo, e o goleiro botafoguense optou por jogar para a linha de fundo.
A última chance da etapa inicial até arrancou suspiros dos atleticanos presentes na Arena MRV. Após Pavón bater escanteio pela esquerda, aos 40, Paulinho subiu livre, cabeceou de forma consciente buscando o canto oposto, e a bola passou próxima da trave esquerda de Perri.
Já o restante dos 45 minutos iniciais contou com muitos erros de passes, dribles e até mesmo de execução de jogadas. Com medo da exposição defensiva em possíveis ataques com mais atletas, Atlético e Botafogo, que sequer acertou a meta de Everson, concentraram as jogadas no meio-campo e “cozinharam” o jogo no primeiro tempo.
Combinação Pedrinho-Paulinho
O segundo tempo seguiu com algumas características: posse de bola botafoguense, mas com poucas tramas ofensivas. Até por isso, a única chegada do time com mais perigo ao gol de Everson ocorreu aos 26, quando Luis Enrique acelerou pela esquerda, passou pela marcação e finalizou de fora da área – o goleiro alvinegro fez a defesa tranquila.
Por outro lado, o Atlético teve comportamento diferente, com mais associações, as quais originaram a dupla decisiva: Pedrinho e Paulinho.
Aos 11, Pedrinho fez boa jogada pelo meio e tocou para Alan Kardec. Na entrada da área, o centroavante deu um passe de calcanhar para Paulinho, que avançou e bateu da forma que foi possível: com o bico da chuteira. Mesmo sem velocidade, o chute levou perigo, e Gatito Fernández, que substituiu o lesionado Lucas Perri, espalmou para fora.
Já aos 35, a rede balançou na Arena MRV. Em passe longo, Pedrinho encontrou Paulinho nas costas da defesa. O atacante dominou, tirou de Gatito Fernández e bateu com a perna esquerda. A bola ainda “beijou” a trave antes de fazer a torcida do Atlético comemorar.
O Botafogo até chegou a empatar o jogo, mas a arbitragem anulou o gol carioca. Aos 43, Diego Costa até chegou a marcar contra o ex-clube, mas o centroavante estava impedido.
Atlético-MG 1 x 0 Botafogo
Atlético-MG
Everson; Mariano, Mauricio Lemos, Bruno Fuchs e Arana; Battaglia, Otávio e Pedrinho (Réver 44 do 2ºT); Paulinho, Pavón (Patrick 44 do 2ºT) e Alan Kardec (Zaracho 27 do 2ºT)
Técnico: Felipão
Botafogo
Lucas Perri (Gatito Fernández intervalo); Di Placido, Adryelson, Cuesta e Marçal; Marlon Freitas, Tchê Tchê e Eduardo; Júnior Santos (Luís Henrique 20 do 2ºT), Tiquinho Soares (Diego Costa 20 do 2ºT) e Victor Sá (Matías Segovia 29 do 2ºT)
Técnico: Bruno Lage
Local: Arena MRV, em Belo Horizonte
Gol: Paulinho 35 do 2ºT
Árbitro: Ramon Abatti Abel (FIFA-SC)
Assistentes: Bruno Raphael Pires (FIFA-GO) e Thiaggo Americano Labes (SC)
VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (FIFA-SP)
Cartões amarelos: Di Placido, Mariano, Zaracho
Cartão vermelho: nenhum
Público: 31.729
Renda: R$ 2.401.663
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