LIBERTADORES

Boca x Flu: a influência dos ídolos Fred e Riquelme como cartolas

Ex-centroavante e maestro tricolor e xeneize atuam em cargos administrativos, como diretor de planejamento esportivo e vice-presidente

Os ídolos Fred e Riquelme atuam nos bastidores de Fluminense e Boca Jrs. -  (crédito: Kleber Sales/CB/D.A Press)
Os ídolos Fred e Riquelme atuam nos bastidores de Fluminense e Boca Jrs. - (crédito: Kleber Sales/CB/D.A Press)
postado em 03/11/2023 06:00

A final da Copa Libertadores da América, neste sábado (4/11), às 17h, em jogo único no Maracanã, tem dois personagens outrora protagonistas do torneio continental dentro das quatro linhas, atuando, agora, de terno, gravata e sapato social nos bastidores em cargos estratégicos. Frederico Chaves Guedes, o Fred, de 40 anos; e Juan Román Riquelme, 45, assumiram papéis de coadjuvantes nas diretorias do Boca Juniors e do Fluminense. O desafio de ambos é fazer "gols de placa" atrás das cortinas em cargos administrativos.

Depois de 273 jogos, 130 gols e dois títulos do Campeonatos Brasileiro, em 2010 e em 2012, o ex-centroavante do Fluminense pendurou as chuteiras em 2022. No fim do ano passado, foi nomeado pelo presidente tricolor, Mario Bittencourt, diretor de Planejamento Esportivo. Consequentemente, está por trás do desempenho do clube das Laranjeiras em 2023. Colaborou na conquista do Carioca contra o arquirrival Flamengo e teve influência, inclusive, nas conversas com a CBF para Fernando Diniz acumular os cargos de técnico do Fluminense e da Seleção Brasileira.

Fred é formado em gestão. Preparou-se também para ser treinador. O ex-camisa 9 ostenta a Licença B da Academia da CBF. Contudo, a ação atual do mineiro de Teófilo Otoni é maior nos bastidores. Além das funções no departamento de futebol, Fred representa o Fluminense em intercâmbios. Influencia na logística esportiva e na diretoria executiva do clube. Fred não fez parte do elenco vice-campeão da Libertadores em 2008 contra a LDU. Desembarcou no clube no ano seguinte. Portanto, a conquista seria muito simbólica para o ex-centroavante.

Quando assumiu o cargo, Fred fez questão de conhecer as divisões de base pessoalmente. "Vim ver de perto o segredo dessa água que produz tantos jogadores de qualidade. Xerém é o maior patrimônio do Fluminense. Os moleques foram fundamentais em 2009, no Time de Guerreiros, e também no nosso título (no Brasileirão) em 2010. Como agora faço parte desse planejamento, quero ajudar ainda mais nessa integração, fazer a interlocução da base com o profissional e viver mais esse dia a dia de Xerém", afirmou o então centroavante em entrevista ao site oficial do Fluminense.

"Tem sido muito legal. O Fred está muito dedicado. Feliz porque iniciou uma nova carreira em uma nova função dentro do clube que ele ama. Vou dizer que é engraçado, mas do ponto de vista positivo, a gente marca as reuniões, e ele é sempre o primeiro a chegar. Está muito motivado, contribuindo muito", comentou recentemente o presidente Mário Bittencourt em entrevista ao portal ge.globo.

"É importante a palavra de um cara que acabou de ser atleta do clube, explicando como é o dia a dia, o grupo, o ambiente, a questão dos pagamentos... E dando as opiniões técnicas dele, afinal de contas, foi um dos maiores jogadores do futebol brasileiro. Está tendo participação muito importante", elogiou o Bittencourt.

Lidar com as massas é um desafio típico para os executivos de sucesso. Sobretudo quando um time representa "a metade mais um" de um país, como se apelida a torcida do Boca Juniors. Um dos maiores ídolos da instituição, Juan Román Riquelme transita do campo à política nas eleições do clube e da Argentina.

Tri da Libertadores e campeão mundial pelo Boca Juniors, o ex-meia terá rivais fortes na luta pela reeleição. Ex-presidente do clube e da Argentina, Maurício Macri será o opositor mais forte, com Rafael Di Zeo, chefe da barra brava (torcida organizada) La 12, no papel de terceira via. O eterno camisa 10 é o atual vice-presidente. Um apoiador oficial do dono do poder Jorge Amor Ameal.

Jogo político à parte, Riquelme profetizou antes da Libertadores: "Tentaremos competir bem e chegar à final". A promessa está cumprida.

*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima 

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